A autoaprendizagem é um modelo de aprendizado em que o estudante tem maior autonomia e flexibilidade para estudar. Ao demandar uma postura mais ativa durante o processo, é possível ter mais resultados nos estudos — seja no contexto da escola, universidade ou carreira profissional.
O que você vai ver neste artigo:
Mesmo que seja um comportamento comum para muitos, ainda há muitas dúvidas e equívocos a respeito desse conceito. Confira 5 coisas que você não sabe sobre autoaprendizagem e aproveite melhor esse modelo em seu dia a dia!
O que é a Autoaprendizagem?
Por inúmeros motivos, milhões de pessoas adotaram uma postura de estudar por conta própria, sem ter que frequentar uma instituição de ensino ou precisar da chancela de terceiros. Os motivos para essa tendência são vários: falta de tempo ou dinheiro; desejo de ter maior autonomia em escolher o que estudar; necessidade de maior flexibilidade em diversos sentidos e o baixo engajamento em opções que adotem metodologias tradicionais de aprendizagem são alguns deles.
Nesse sentido, os avanços tecnológicos abriram portas para milhões de pessoas ao permitir o surgimento e explosão de modelos como o EAD, que flexibilizaram os estudos e os tornaram mais possíveis para indivíduos que não poderiam arcar (seja financeiramente ou por falta de tempo) um estilo integralmente presencial de ensino.
Oportunidades como essas vêm ajudando estudantes dos mais variados contextos — desde ensino básico, superior, profissionalizante ou na educação corporativa — a fortalecerem sua aprendizagem e desbravarem novos caminhos. Mais do que estudar apenas para passar uma prova ou conseguir uma promoção, os indivíduos começaram a investir em educação como projeto de vida (ainda mais levando em consideração conceitos como o lifelong learning).
Assim, a ideia de “aprender a aprender” se tornou fundamental para se ter resultados ao estudar de forma mais livre, fora das limitações do modelo tradicional adotado por tantas instituições. A autoaprendizagem é um modelo que serve justamente para isso: os estudantes têm autonomia e flexibilidade para definir sua rotina de estudos e escolher os conteúdos mais alinhados às suas necessidades e objetivos.
5 Coisas que você não sabe sobre Autoaprendizagem
Estudar por conta própria não é algo novo ou completamente fora do comum. Entretanto, ainda há muitas ideias equivocadas a respeito desse modelo:
1- Não é “mais fácil”
A autoaprendizagem e as ferramentas tecnológicas permitiram maior flexibilidade nos estudos: é possível acessar conteúdos educativos no transporte coletivo, na fila, no intervalo, antes de dormir… mas toda essa liberdade demanda responsabilidade — caso contrário, a pessoa pode continuar postergando os estudos e nunca efetivamente completar suas atividades e objetivos.
Ter disciplina e organização são duas habilidades essenciais para quem deseja aprender de forma mais independente. É importante definir uma rotina de estudos e metas para não acabar se perdendo e não tendo resultados como gostaria.
No fim das contas, não ter um professor, instrutor ou facilitador acompanhando todas as atividades (e até cobrando certas tarefas, como provas, perguntas orais e feedbacks) não significa que esse modelo é “mais fácil” do que o tradicional. Significa sim que cada um tem suas possibilidades, demandas e lacunas — cabe ao estudante avaliar qual estilo é melhor para sua realidade ou como combiná-los em sua rotina.
2- Exige autoconhecimento
Ter foco nos estudos não é a única postura que a autoaprendizagem demanda. É preciso que a pessoa também tenha um bom nível de autoconhecimento, ainda mais nos próprios comportamentos em relação aos estudos.
O estudante deve analisar constantemente suas necessidades de aprendizado, buscando identificar quais assuntos aprofundar para fortalecer sua educação de acordo com os seus objetivos. Além disso, deve entender o seu próprio perfil para desenvolver a melhor rotina de estudos, pensando em horários, materiais complementares e organização no dia a dia.
Outro ponto considerado nessa questão é o formato dos conteúdos escolhidos. Algumas teorias educacionais acreditam que uma pessoa pode aprender melhor dependendo do estímulo usado, como alguém assimilar mais as informações que forem transmitidas visualmente, por exemplo, ou então as trabalhadas por meio de atividades que exijam “mão na massa”. Saber qual recurso facilita seu entendimento dos assuntos, por mais complexos que sejam, é uma ótima ideia para ter mais resultados ao investir em materiais que realmente trarão impactos positivos na aprendizagem.
3- Não é algo “solitário”
Ao contrário do que muitos possam pensar, praticar a autoaprendizagem não significa ser autossuficiente de tudo e não contar com instrutores, professores ou facilitadores em geral para enriquecer seus estudos. Esse conceito tem mais a ver com assumir maior responsabilidade nos processos de aprendizagem e ter uma postura mais ativa nessa dinâmica.
Ou seja, nesse contexto, o estudante não é limitado pelo método usado na instituição de ensino (ou empresa, no caso da educação corporativa) e não assume um papel passivo no processo — como no modelo tradicional, em que o professor/instrutor explica os conteúdos e o indivíduo só anota tudo.
Assim, ter maior autonomia nos estudos não significa necessariamente estudar sozinho: é possível montar grupos com pessoas que estejam aprendendo sobre o mesmo tema para trocar fontes, materiais e experiências, tornando a rotina menos solitária, mas ainda sim respeitando a independência e a organização de cada um.
4- Serve para todos os públicos
Estudantes do ensino básico, universitários, profissionais em geral e qualquer um que deseje aprender mais — sobre qualquer tema que for — podem se beneficiar da autoaprendizagem para fortalecer seus conhecimentos.
Uma maior autonomia pode ser desenvolvida no caso dos estudantes mais jovens, que podem aprender a ter mais independência e responsabilidade em suas ações. Enquanto universitários e trabalhadores podem aumentar suas competências profissionais (ou até habilidades que desejam ter por objetivos pessoais) e ainda aproveitar melhor o seu tempo durante a correria do dia a dia.
Assim, pessoas em idades e contextos diferentes podem se beneficiar ao adotar uma postura de autoaprendizagem, desenvolvendo novas habilidades e otimizando seu tempo e esforços para atingir metas, sejam profissionais ou pessoais.
5- Tendência forte
Na questão profissional, ter uma postura de autoaprendizagem é cada vez mais necessário, pois atualmente muitas oportunidades estão valorizando mais as habilidades práticas (e que podem ser desenvolvidas de diversas maneiras, inclusive de forma autônoma) do que obrigatoriamente uma formação tradicional. Estar atualizado no campo de atuação por meio de cursos livres ou conteúdos avulsos (até disponíveis gratuitamente) pode ser um grande diferencial na carreira.
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