Oferecer autonomia no trabalho aos funcionários é uma escolha que pode beneficiar a empresa e seus profissionais de diversas formas — inclusive impactando positivamente na aprendizagem corporativa.
O que você vai ver neste artigo:
O que é ter autonomia no trabalho?
A ideia de ter autonomia no trabalho é um conceito que vem ganhando cada vez mais notoriedade, ainda mais com algumas empresas implementando modelos de gestão mais horizontais, inclusive adotando equipes autogerenciáveis.
Mas, de forma geral, oferecer autonomia aos funcionários significa permitir com que eles tenham mais liberdade e flexibilidade no trabalho, em maior ou menor grau. Algumas organizações propiciam situações como home office ou uma jornada mais “maleável” — geralmente focando mais nas entregas dos colaboradores do que o cumprimento de um horário ou a presença física na companhia.
Outras lideranças já possibilitam com que os funcionários tenham maior independência em relação às suas tarefas, organizando-as e definindo as estratégias sem tanta interferência. Dessa forma, os profissionais têm mais liberdade — e responsabilidade — em suas funções.
Qual a importância da autonomia no trabalho?
Em maior ou menor grau, é importante oferecer uma certa autonomia aos funcionários. Algumas lideranças têm uma propensão a uma postura de microgerenciamento, criando uma dinâmica de insegurança, frustração e até de desperdício dos talentos na equipe com esse tipo de gestão.
Enquanto propor mais liberdade e flexibilidade aos colaboradores é uma escolha que vai para o sentido contrário: permite-se com que os profissionais desenvolvam suas habilidades, autoconfiança, senso de responsabilidade e mostrem suas competências no dia a dia. Além disso, não forçar os gestores a acompanharem cada tarefa de seus liderados possibilita com que as lideranças possam focar em questões mais estratégicas ou humanas do setor que gerenciam, otimizando seu tempo e esforços.
Mas, os impactos positivos dessa postura não se restringem às atividades do dia a dia — incentivar a autonomia dos colaboradores beneficia outras ações da organização.
A relevância da autonomia do colaborador na Aprendizagem Corporativa
De acordo com o estudo “Panorama do Treinamento no Brasil 2022/2024”, realizado pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e pela Escola de Negócios Integração, 51% dos treinamentos promovidos pelas empresas entrevistadas são feitos de forma online — sendo que 40% deles ocorrem no estilo de autoatendimento, sem a condução de um instrutor nas atividades, de maneira assíncrona, e com autonomia dos estudantes.
Esse número mostra que oferecer mais liberdade e independência nas ações de educação empresarial já é a realidade de muitas companhias brasileiras: em vez de ter um professor/instrutor orientando em tempo real cada tarefa e conhecimento proporcionado pelos treinamentos (sejam presenciais ou virtuais), os funcionários acessam os conteúdos e materiais educativos no ritmo e do jeito que lhe forem mais vantajosas.
Ou seja, uma postura mais proativa — desenvolvida com a demanda de ser mais autônomo no dia a dia — é uma característica valorizada nessas estratégias de educação empresarial, exigindo mais responsabilidade e organização dos funcionários.
Como a autonomia contribui para o treinamento corporativo?
Promover a autonomia no trabalho ajuda a aumentar a autoconfiança e o senso de responsabilidade e organização dos colaboradores — e essas características impactam na sua relação com o treinamento corporativo de diversas formas.
Primeiramente, os funcionários não ficam tão dependentes dos professores/instrutores nessa dinâmica, buscando outras fontes e experiências para aumentar seus conhecimentos e evoluir profissionalmente. Isso significa que irão complementar sua formação e trazer novos insights e informações importantes para a empresa, compartilhando-as com seus pares.
Essa autonomia também contribui para fortalecer a motivação dos colaboradores no processo de aprendizagem, pois demanda uma postura mais proativa na dinâmica. Em vez de estudar apenas o que lhe é repassado no tempo e espaço delimitados, eles terão que ser ativos nessa relação para colher os benefícios da ação.
Além disso, nesse modelo os profissionais conseguem ajustar melhor sua rotina de estudos e aprimoramento às suas demandas cotidianas, cumprindo suas funções trabalhistas, realizando suas atividades pessoais e ainda assim acessando os treinamentos quando lhe for mais conveniente.
Dessa forma, eles irão aproveitar melhor os conteúdos, materiais e conhecimentos ofertados na educação corporativa, aprendendo mais e melhor para aplicar todo esse arcabouço em suas demandas cotidianas.
Como a autonomia deve ser exercida no ambiente de trabalho? Estratégias de incentivo
Promover a autonomia no trabalho não pode ser uma postura adotada de uma hora para outra: é preciso implementar gradualmente estímulos à independência e responsabilidade na equipe, cultivando uma postura mais proativa e oferecendo mais espaço para os funcionários mostrarem seus talentos.
Para isso, existem algumas estratégias para incentivar essa dinâmica na empresa:
Delegue mais
Estimular aos poucos mais responsabilidade e autonomia dos funcionários pode ser uma estratégia para se começar no dia a dia, com pequenas tarefas e projetos. Quanto mais os colaboradores perceberem que conseguem realizar suas demandas sem tanta intervenção das lideranças, mais confiança terão com o passar do tempo.
Também é interessante nessa dinâmica implementar a cultura de feedbacks e one-on-one com os profissionais, usando essas reuniões para estimular o aprimoramento de cada um e um relacionamento saudável com os gestores.
Ferramentas de metas e produtividade
Autonomia não significa liberdade para se fazer tudo que quiser sem responsabilidades ou não ter qualquer guia para cumprir suas tarefas: adotar metas, prazos, ferramentas de gestão e outros métodos de controle ajuda os funcionários a ter um norte em suas atividades e aos gestores ter um controle de qualidade e produtividade para garantir o bom funcionamento da equipe e do setor.
Usar recursos de progressão no treinamento corporativo
Ainda mais ao seu adotar um método de treinamento corporativo sem a mediação direta de um instrutor — como a gamificação, por exemplo —, é importante usar recursos que permitam com que os colaboradores acompanhem o seu desempenho nas atividades, identificando facilmente os temas/pontos que têm dificuldade e os que estão sendo bem assimilados.
Assim, de forma independente, cada profissional poderá organizar sua rotina de estudos para repassar os conhecimentos que precisam ser fortalecidos e as competências que necessitam ser aprimoradas — sem alguém atrás, cobrando essa postura.
É importante que essas informações sejam fáceis de serem consultadas e entendidas por todos. Por isso, é fundamental investir em soluções de treinamento empresarial eficientes e engajadoras: conheça o recurso de progressão e performance gamificada da Ludos Pro e ofereça o melhor da tecnologia e metodologias de aprendizagem aos seus funcionários!
