Absenteísmo: O que é, principais causas nas empresas e como evitar

Ter um alto índice de absenteísmo na equipe é sempre um sinal vermelho para a gestão de pessoas de qualquer empresa. Esse fenômeno demonstra que há sérios problemas na dinâmica interna — e que vão, por sua vez, impactar negativamente na produtividade, qualidade e resultados de um negócio. 

Ele é um indicador dos recursos humanos voltado para analisar a presença dos funcionários na empresa. O absenteísmo mede o total de faltas, atrasos, saídas antecipadas e licenças dos colaboradores, contabilizando o tempo que não está aproveitado em reais horas de trabalho.

Na verdade, existe mais de uma categoria que classifica a ausência dos profissionais em suas funções. Entender isso ajuda a compreender melhor a situação específica da empresa, ajudando a implementar ações mais assertivas para mudar esse cenário.

Ocorre quando o funcionário usufrui de uma licença (como a licença maternidade ou paternidade, por exemplo), tem um compromisso de grande importância no horário de trabalho ou próximo a sua jornada (como consulta, exame ou procedimento médico) e outras situações em que é direito seu se ausentar do trabalho. Assim o colaborador tem uma justificativa excepcional e justa para tal. 

Acontece quando o funcionário falta, chega atrasado ou vai embora antes do seu horário sem justificativa ou até mesmo sem comunicar sua ausência. Esse tipo de absenteísmo é um claro sinal de que há problemas com a motivação desse profissional e na dinâmica interna. 

Neste caso, o funcionário está presente fisicamente na empresa e cumprindo sua jornada de trabalho normalmente — porém não está sendo produtivo e nem está motivado e engajado na sua função. O corpo está presente, mas a mente e a motivação não. Essa situação também representa problemas para a gestão de pessoas. 

Existem várias situações que resultam na ausência dos funcionários na companhia:

O colaborador pode estar passando por uma doença — física ou mental — que acabe prejudicando o cumprimento de suas funções. É uma situação inevitável e a organização pode dar apoio a este profissional para que se recupere e volte ainda mais engajado para o trabalho. 

Algumas vezes a própria dinâmica da empresa/função/ambiente pode contribuir com esse cenário. Um funcionário pode ter dificuldades logísticas para se deslocar até o prédio da companhia, por exemplo, chegando atrasado com frequência por conta disso. Ou uma organização pode ter vários afastamentos devido a acidentes e problemas de saúde dos seus colaboradores por não ter zelo pela segurança no trabalho, bem-estar e ergonomia dos seus trabalhadores.

Um ambiente de trabalho saudável ajuda a manter a motivação e engajamento de toda a equipe. Mas, um local de trabalho tóxico e com relações complicadas com os colegas e liderança é capaz de sugar toda disposição e produtividade mesmo dos melhores talentos, fazendo-os querer passar menos tempo na empresa.

Um colaborador desmotivado vai, mesmo inconscientemente, evitar o trabalho e a organização em si. Por isso, vai acabar faltando ou não cumprindo o seu horário. Investir na motivação contínua dos profissionais é uma forma de evitar esse e outros problemas que prejudicam a produtividade e qualidade no negócio.

É possível avaliar essa questão do ponto de vista analítico, calculando se o índice de absenteísmo está alto ou não. A fórmula mais simples é:

(total de funcionários x total de faltas e atrasos/saídas) ÷ (total de funcionários x total de dias trabalhados)

Em uma empresa com 100 colaboradores, que faz uma jornada de trabalho tradicional (8 horas/20 dias por mês) e que tenha uma média de 3 faltas/atrasos por colaborador, o cálculo ficaria:

(100 x 3) ÷ (100 x 20) 

300 ÷ 2.000 

= 0,15

Ou seja, a taxa de absenteísmo dessa empresa é de 15% — um número relativamente alto, que já deve acionar um alerta no RH.

Também é possível fazer um cálculo levando em conta as horas não trabalhadas, tendo assim uma dimensão ainda mais exata do impacto do absenteísmo na realidade do negócio. 

Não é à toa que muitas companhias acompanham de perto essa métrica. A ausência dos profissionais gera uma série de impactos negativos ao negócio:

O tempo que o colaborador deixa de trabalhar implica na redução da produtividade e piora na qualidade, pois ele não cumpre suas tarefas no tempo ideal. Também pode ocorrer de sua falta sobrecarregar o colega que assume suas demandas, além das de sua própria função. 

Todas essas e outras situações acarretadas pelo absenteísmo trazem prejuízos inclusive para o financeiro da empresa, que em alguns casos deve realocar mão de obra ou até contratar alguém para substituir o profissional ausente. 

Um funcionário desmotivado acaba influenciando negativamente sua equipe, por sua vez desmotivando seus colegas de departamento. Isso acaba formando uma bola de neve — os trabalhadores se dedicarão menos, terão menor produtividade e qualidade em seu serviço.

Além disso, o clima organizacional poderá ficar pesado, prejudicando até mesmo os melhores profissionais do setor. 

Felizmente, existem algumas medidas eficientes para se reduzir esse problema e aproveitar melhor o tempo e talento dos seus funcionários:

Um elevado número de profissionais perde a motivação no trabalho por conta de problemas com seus gestores, ao ponto de até mesmo pedir demissão por essa razão. É fundamental que as lideranças cultivem um relacionamento positivo com os colaboradores, despertando seu engajamento e conexão com a empresa. 

Além disso, outra maneira de se reduzir o absenteísmo é investindo no bem-estar dos funcionários, oferecendo benefícios como auxílio saúde ou cultura, entre outros. Também é possível abrir uma conversa empática para ouví-los a respeito de que melhorias podem ser feitas para alcançar esse objetivo.

Nesse sentido, pode-se implementar ações que facilitem sua vida e jornada de trabalho, como home office ou modelo híbrido, flexibilização de horas, entre outros. Investir em questões como ergonomia, segurança e respeito às leis e direitos dos trabalhadores é fundamental para promover um ambiente saudável na organização.

Criar e cultivar uma cultura organizacional forte e positiva também contribui para reduzir a desmotivação e falta de engajamento dos colaboradores, especialmente ao alinhar os propósitos da empresa com os valores de cada profissional e dar a eles um motivo a mais para se dedicarem ao trabalho.

Também é possível obter ótimos resultados ao se investir em métodos que ajudem a aumentar a motivação e engajamento dos funcionários, como a gamificação. Essa ferramenta explora elementos, lógica e design dos jogos para estimular os participantes a realizarem determinadas atividades e até mesmo a mudarem certos comportamentos — inclusive tendo mais dedicação e produtividade no trabalho.

Esse é apenas um dos impactos positivos de se adotar essa metodologia na companhia. Descubra como usar a gamificação como estratégia de retenção de talentos e tenha um time de alta performance na sua empresa!