Valorize o capital intelectual e colha os benefícios

O capital intelectual pode ser um diferencial competitivo na sua empresa, mas para isso você precisa valorizá-lo!

Capital intelectual corresponde a todo conhecimento disposto em uma empresa através de seus colaboradores e seus processos. Ele é determinante para o desenvolvimento e crescimento de uma organização, por isso precisa ser valorizado e gerenciado de forma estratégica.

Uma organização só consegue se manter ativa e crescendo se souber gerenciar todos os seus departamentos. De nada adianta, por exemplo, o setor de marketing estar atraindo os leads certos se o comercial não está na sua melhor performance e, consequentemente, perdendo esses potenciais clientes.

O trabalho de gestão de pessoas deve estar alinhado em todos os pontos, pois só assim ele consegue gerar crescimento para a empresa. Nesse sentido, o capital intelectual é um aspecto desse contexto que precisa ser trabalhado a fim de aumentar o potencial da empresa.

Ou seja, apesar de a tecnologia estar otimizando tarefas e auxiliando no processo de tomada de decisão, os colaboradores ainda são indispensáveis no contexto empresarial, pois são os responsáveis por cumprir metas e atingir objetivos. Mas esse trabalho só é bem feito quando a equipe dispõe de um bom capital intelectual.

O capital intelectual é um ativo importante para as empresas. Apesar disso, muitas organizações ainda não conhecem os benefícios desse elemento em seu dia a dia, ou não sabem como formá-lo para melhorar seus resultados no mercado. Esta postura de desconhecimento pode trazer prejuízos ao não valorizar sua riqueza interna e única.

Nesse artigo vamos explicar o que é o capital intelectual, quais são as vantagens de se valorizar esse ativo e como trabalhá-lo na sua empresa para aumentar seus resultados. 

Certamente você já deve ter escutado a frase “conhecimento é poder”. Ela é utilizada em várias situações, seja na esfera pessoal ou empresarial. No contexto empresarial, o conhecimento está nas pessoas e nos processos, e é compreendido como capital intelectual.

Ou seja, o capital intelectual é, basicamente, todo conhecimento de uma empresa. Em outras palavras, diz respeito a todo valor gerado pelo conhecimento que uma empresa possui, e é formado por um conjunto de três elementos: capital interno, capital externo e capital humano.

Veja, a seguir, a respeito de cada capital.

São os processos, modelos, conceitos, patentes e sistemas administrativos e informacionais da empresa, que são criados pelos profissionais e usados internamente.

É o relacionamento com diferentes públicos, como clientes, fornecedores e stakeholders. Além disso, este item considera elementos como a imagem, reputação e marca da organização;

É a soma das habilidades, conhecimentos, experiências, valores e competências dos profissionais que atuam na empresa.

Todos esses elementos impactam, de uma forma ou outra, o funcionamento e desempenho de uma empresa e, juntos, formam o seu capital intelectual.

Sendo assim, esse ativo é algo único para uma organização, portanto não há como “roubá-lo” ou até mesmo copiá-lo totalmente: cada negócio constrói sua própria bagagem. 

Excluindo o capital humano - cujo os funcionários podem sair e levar seus conhecimentos pessoais para outros lugares -, todos os outros itens são difíceis de serem replicados e transferidos para outras companhias. 

O capital intelectual é uma riqueza formada com o tempo, adquirida por meio de bastante trabalho e estratégia: não se cria patentes complexas, treina funcionários e constrói relações com diferentes públicos da noite para o dia. Por isso, é preciso um bom investimento, esforços e paciência para gerar esse ativo.

Por ser algo normalmente intangível e não quantitativo, muitas empresas acabam não investindo em seu capital intelectual e desconhecem seus benefícios. Isso é um equívoco: valorizar esse ativo pode ser um grande diferencial da organização e ajudá-la a abocanhar uma parte importante do mercado.

Investir no capital intelectual pode trazer vários benefícios a uma empresa. Porém o que mais se destaca nesse sentido é o poder da vantagem competitiva. Por ser algo único, esse ativo - se bem formado - pode se tornar um grande diferencial da empresa perante seus concorrentes. 

Imagine ter funcionários mais qualificados do que das outras empresas, profissionais que estão atualizados nas boas práticas e inovações do setor. Você não acha que isso se refletiria em diversos processos internos - desde a produção ao atendimento ao cliente - de forma positiva?

E se sua organização fizesse pesquisas próprias, seja para a fabricação dos produtos ou para o desenvolvimento de serviços mais alinhados às necessidades dos clientes e público-alvo? Não seriam estudos e dados só seus que poderiam ser usados para aumentar o desempenho da empresa?

E pense em ter um relacionamento forte com os seus fornecedores, permitindo ofertas exclusivas aos seus clientes, como preços, formas de pagamento e até mesmo produtos/serviços únicos: claro que essas condições iriam atrair um público maior e fidelizar seus compradores, certo? 

Todos esses são apenas alguns exemplos de vários elementos que, juntos, ajudam a organização a oferecer um produto/serviço de qualidade e exclusividade aos seus clientes, chamando assim sua atenção e ganhando espaço no mercado. Assim, o capital intelectual forma um conjunto de saberes que podem ajudar no sucesso da empresa. 

Treinamento é um conjunto de práticas estratégicas voltadas para o ensino de algum conhecimento, habilidade e/ou atitudes do âmbito empresarial. É uma tarefa de responsabilidade do setor de Recursos Humanos que tem como foco aprimorar a mão de obra de uma empresa.

O objetivo da empresa que adota o treinamento é reverter o conhecimento adquirido em melhores resultados para a corporação, resultados esses que precisam estar relacionados aos objetivos dela. 

Ou seja, levando em consideração o negócio e o nicho que a organização atua, ela traça conhecimentos, habilidade e aptidões que os colaboradores precisam adquirir para gerar valor ao negócio.

Os custos referentes aos treinamentos e desenvolvimento devem ser vistos como um investimento que valoriza o capital intelectual e não como um gasto. Pois o negócio que se preocupa no desenvolvimento profissional desde o início da trajetória de um colaborador, consegue traçar um plano de carreira e, assim, o inseri-lo em outros contextos de forma mais assertiva.

Adotar o treinamento também melhora a taxa de turnover, visto que o colaborador se sentirá valorizado e terá interesse em permanecer na empresa. Isso influenciará nos cursos com a rotatividade e em outros benefícios que justificam o treinamento corporativo.

O capital intelectual de uma empresa não se limita aos colaboradores internos, os fornecedores também devem ser vistos como tal. Inclusive, eles assumem uma posição de muita relevância, podendo ser comparado a parceiro de negócio, já que são responsáveis por assegurar os insumos cruciais para a realização das atividades da empresa.

Levar em consideração como está o relacionamento com os fornecedores é essencial para a empresa que busca:

Diferente dos demais relacionamentos, para que este seja cultivado, a empresa precisa encontrar objetivos comuns, ser racional, ter objetividade e clareza. Algumas das alternativas que ela pode adotar para conseguir isso é:

Ao se preocupar com o relacionamento que a empresa nutre com seus fornecedores e com os demais capital humano, ela passa a ter uma visão 360 graus de seus stakeholders. 

O que é essencial para seu desenvolvimento no mercado, pois, com isso, ela passa a identificar possíveis gaps que possam estar interferindo nos seus objetivos como empresa e na busca por uma posição de destaque no mercado.

O conceito de capital intelectual é algo que surgiu no ramo da administração a partir dos anos 90, mas na atualidade vem sendo trabalhado de forma mais estratégica nas organizações. 

Afinal, com o recente aumento da competitividade no mercado, é fundamental investir em mecanismos que diferenciam e destacam a empresa diante de tantos concorrentes.

Não se está mais disputando espaço com a empresa da esquina, e sim também com um negócio do outro do lado do mundo. Assim, investir em uma vantagem competitiva como o capital intelectual é fundamental para o sucesso de um negócio.

Mas, como se faz isso? Vamos separar algumas ideias de como valorizar o capital intelectual de uma empresa de acordo com a categoria:

Investir em processos mais eficientes e ágeis é uma forma de ganhar diferencial competitivo.

Existem várias ferramentas e estratégias que podem ser adotadas nesse item: a filosofia lean ajuda na redução de desperdícios e gerar maior valor ao cliente, elementos que com certeza impactam no desempenho da empresa, enquanto o modelo 5S pensa tudo isso - só que com um modelo de 5 passos que devem ser cumpridos para alcançar essa meta. 

Outra ideia é adotar ferramentas de automação, para agilizar algumas operações, reduzir custos e margens de erro e colocar os colaboradores em posições mais estratégicas, aproveitando os talentos em tarefas menos monótonas e operacionais. 

Softwares como sistemas de gestão ou plataformas gamificadas ajudam a tornar diversas ações mais práticas e eficientes. 

São várias as ações que podem ser feitas neste item: buscar formar relacionamentos sólidos com os públicos da sua empresa - desde fornecedores, stakeholders a clientes é uma excelente ideia. 

É importante criar uma verdadeira parceria para oferecer condições exclusivas devido um acordo com seus abastecedores, para ter bons investimentos e prestar um excelente atendimento aos compradores. 

Investir em estratégias de mídia e comunicação também é uma forma de construir uma boa imagem e reputação com o público, se afastando de crises e conquistando a confiança do seus clientes para que além de fiéis, sejam promotores da marca. 

Adotar estratégias contínuas de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores é uma ótima ideia para fortalecer seu capital humano, seja considerando os aspectos técnicos ou comportamentais dos profissionais que influenciam sim em seu trabalho e, consequentemente, o desempenho da empresa. 

Pensar em ações de gestão de conhecimento também é uma oportunidade para espalhar as boas práticas entre os colaboradores, não deixando que se percam com a saída de algum funcionário, e manter o capital intelectual na sua empresa. 

Quer saber mais como investir no capital humano da sua organização? Conheça 6 técnicas de treinamento para aprimorar sua gestão de pessoas!

O capital intelectual é o ativo mais valioso de uma empresa, e cabe ao profissional de Recursos Humanos gerenciá-lo de forma eficiente. Relembrando que o capital intelectual é a soma de conhecimentos, habilidades e experiências dos funcionários de uma empresa.

O objetivo do gerenciamento do capital intelectual é maximizar o valor desse ativo, permitindo que a empresa alcance seus objetivos estratégicos de longo prazo. Existem várias maneiras de gerenciar o capital intelectual. Aqui estão algumas dicas para ajudar os profissionais de RH a gerenciar com sucesso esse ativo importante:

Antes de gerenciar o capital intelectual, é importante identificá-lo. O capital intelectual é constituído por muitos aspectos, incluindo o conhecimento, as habilidades, as competências, a experiência e a criatividade dos funcionários. 

É importante que os profissionais de RH valorizem o capital intelectual e o considerem um ativo importante da organização. Isso pode ser feito através de pesquisas de clima organizacional, programas de incentivo e reconhecimento, além de avaliações periódicas do desempenho dos colaboradores.

Uma vez identificado o capital intelectual, é importante avaliar e planejar o desenvolvimento desse ativo. Isso pode ser feito por meio de avaliações de desempenho, entrevistas de saída e pesquisas de clima organizacional. 

Com base nessas informações, os profissionais de RH podem identificar áreas de melhoria e desenvolver planos para aumentar a competência dos funcionários.

Os profissionais de RH devem investir no desenvolvimento do capital intelectual, proporcionando treinamentos, workshops e programas de desenvolvimento de competências. Essas atividades ajudam a melhorar as habilidades e competências dos funcionários, além de aumentar a produtividade e a motivação no trabalho.

Para reter e motivar os funcionários, os profissionais de RH devem implementar programas de incentivo e reconhecimento. Esses programas podem incluir bônus de desempenho, prêmios, folgas e outros benefícios. 

Além disso, a valorização dos profissionais por meio do reconhecimento público, como elogios em reuniões, também é importante para manter o comprometimento e engajamento dos colaboradores.

A comunicação e a colaboração são fundamentais para o sucesso do gerenciamento do capital intelectual. Portanto, os profissionais de RH devem promover a comunicação aberta e transparente, além de estimular a colaboração entre os funcionários. Eles podem fazer isso por meio de atividades em equipe e projetos colaborativos.

A diversidade e a inclusão são fundamentais para criar um ambiente de trabalho inclusivo e positivo, além de aumentar a criatividade e a inovação. Neste cenário os profissionais também são os responsáveis por garantir que a inclusão e a diversidade estejam presentes na empresa.

A tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa para gerenciar o capital intelectual. Os profissionais de RH podem investir em sistemas de gerenciamento de conhecimento e de aprendizagem, que permitem compartilhar informações e conhecimento entre os funcionários, além de promover o aprendizado contínuo.

Um plano de sucessão é importante para garantir que a empresa possa continuar a operar de forma eficaz, mesmo que ocorra uma perda de conhecimento ou experiência de um funcionário-chave. 

Os profissionais de RH devem trabalhar em conjunto com os líderes da empresa para estabelecer um plano de sucessão efetivo, identificando e desenvolvendo talentos internos, e criando um banco de dados com possíveis profissionais.

O feedback contínuo é importante para ajudar os funcionários a melhorar suas habilidades e competências. Os profissionais de RH devem fornecer feedback regular aos funcionários, reconhecendo suas realizações e identificando áreas de melhoria.

É importante medir o impacto do gerenciamento do capital intelectual, para entender o retorno sobre o investimento e identificar áreas que precisam de melhoria. 

Os profissionais de RH devem estabelecer métricas e indicadores-chave de desempenho, para avaliar o impacto do gerenciamento do capital intelectual em toda a organização.

Existem diversas ferramentas que podem ajudar no gerenciamento do capital intelectual de uma empresa. Algumas delas incluem:

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