O clima organizacional é um aspecto que influencia diretamente na motivação e no engajamento dos colaboradores de uma empresa. Quando bom, os profissionais sentem satisfação de estar presente e fazer suas tarefas, diferente de quando o clima é ruim. Leia sobre!
O que você vai ver neste artigo:
- O que é o Clima Organizacional?
- Qual a diferença entre cultura e clima organizacional?
- Quais são os três tipos de clima organizacional?
- Quais são os pilares do clima organizacional?
- Como este conceito pode impactar a empresa?
- Como diagnosticar o Clima Organizacional
- Como melhorar o Clima Organizacional
Neste artigo vamos explicar como o relacionamento interno pode influenciar - positiva ou negativamente - o desempenho da empresa, além de trazer algumas ferramentas para avaliar e melhorar o clima organizacional.
O que é o Clima Organizacional?
Em linhas gerais, é a percepção coletiva que o público interno têm do ambiente da empresa. Essa noção parte do ponto de vista subjetivo de cada funcionário, considerando suas expectativas, desejos e frustrações — por isso é um conceito complexo, impactado por diversos elementos. Alguns dos fatores que influenciam no clima organizacional são: o relacionamento entre colegas, departamentos e com a liderança; condições de trabalho; motivação da equipe; pressão e recompensas, por exemplo.
Esse juízo sobre o ambiente de trabalho acaba influenciando o comportamento dos próprios colaboradores, seja para o bem ou mal. Por isso é fundamental que o RH esteja sempre atento ao clima organizacional, usando ferramentas específicas para mensurar esse fator subjetivo.
Qual a diferença entre cultura e clima organizacional?
Por serem palavras similares, muitos confundem os dois termos: porém, há grandes diferenças entre a cultura organizacional e o clima organizacional. O primeiro se refere ao conjunto de valores, crenças, costumes, normas, missão e visão da companhia, ou seja, a identidade da empresa — algo que é construído e mantido pelo RH e lideranças, mas que também deve ser refletido na conduta e postura diária dos funcionários.
Já, como dito, o clima organizacional é a percepção geral que o público interno têm sobre a empresa e que impacta na dinâmica das equipes.
Uma organização pode tentar fomentar uma cultura de inovação internamente, mas os colaboradores ainda podem ter a noção de que ela é altamente tradicional na prática (e isso impactar negativamente seu trabalho e a dinâmica do setor), por exemplo. Enquanto isso, uma empresa pode criar uma identidade de respeito à sustentabilidade e meio ambiente e os funcionários enxergarem esse valor sendo concretizado no cotidiano.
Quais são os três tipos de clima organizacional?
É possível dividir essa percepção coletiva da empresa e equipe em três níveis:
Bom
Ocorre quando os funcionários têm uma ótima imagem da empresa e da sua dinâmica interna. Neste caso, eles estão motivados, engajados e satisfeitos com o trabalho, seus colegas, lideranças e organização, e esse bom ânimo impacta positivamente na sua produtividade e qualidade do serviço.
Médio
Quando os colaboradores têm uma percepção mais neutra da empresa, ou seja, não estão nem tão satisfeitos e nem insatisfeitos, o clima interno está em estado mediano. Assim, eles não se dedicam tanto quanto poderiam ao trabalho, mas também cumprem suas funções adequadamente.
É preciso que o RH e as lideranças estejam atentos para que não haja piora nesse indicador — e também para melhorá-lo de forma a aproveitar mais os talentos internos.
Ruim
Um alerta vermelho deve soar quando o clima interno está neste estado. Os funcionários estão desmotivados, insatisfeitos, pouco produtivos e a qualidade de seu serviço cai — e, no fim de tudo, os talentos podem acabar indo embora, aumentando a rotatividade de pessoal no setor.
Neste caso, o RH e as lideranças devem agir eficientemente para mudar esse cenário e melhorar a satisfação dos profissionais para evitar prejuízos à empresa.
Quais são os pilares do clima organizacional?
Existem elementos que contribuem diretamente para a construção do clima organizacional de uma empresa, formando assim os pilares desse ambiente — influenciando a motivação, engajamento e bem-estar dos colaboradores e sua percepção a respeito da companhia, para o bem ou mal.
1- Cultura
Mesmo que seja um conceito diferente, como explicado anteriormente, cultura e clima organizacionais não são dissociáveis: a identidade da empresa também afeta a dinâmica interna, especialmente por ser algo que deve ser cultivado nos profissionais e outros públicos do negócio.
Uma cultura organizacional que privilegia a inovação à tradição possibilita um ambiente de trabalho diferente do inverso, oferecendo mais flexibilidade e autonomia aos colaboradores e estimulando a sua criatividade e tentativa e erro, por exemplo.
Por isso, é importante definir com cuidado e eficiência a cultura da empresa, pensando em como ela pode impactar no relacionamento dos funcionários com a organização.
2- Condições de trabalho
Não adianta ter a cultura organizacional mais atraente e engajadora o possível e a melhor estrutura de trabalho se, no dia a dia, as condições e vivência dos colaboradores não forem satisfatórias. O espaço físico deve sim oferecer conforto e segurança aos funcionários, mas também devem ser respeitadas as normas trabalhistas e previdenciárias e os acordos realizados com cada profissional.
Além disso, é ideal que o RH e as lideranças implementem ações e estratégias para aumentar a motivação, engajamento e bem-estar dos trabalhadores, pois esses elementos também influenciam na produtividade e qualidade de seu serviço, na construção de um clima saudável e na retenção de talentos.
3- Liderança
Os gestores têm um papel fundamental na dinâmica interna e na relação dos funcionários na empresa — não é à toa que uma liderança ruim é um dos maiores motivos de pedidos de demissão no mundo corporativo.
Um bom líder inspira, transmite confiança, sabe delegar tarefas, motivar e engajar os profissionais, extrair o melhor de cada talento e promover uma dinâmica interna saudável na equipe. Nesse sentido, é imprescindível que a empresa invista em treinamentos específicos para a liderança, formando e capacitando seus gestores para que assumam essa missão com responsabilidade, eficiência e inteligência emocional.
4- Dinâmica da equipe
Nessa mesma linha, também é importante ter uma atenção especial a cada funcionário e a dinâmica interna da equipe para evitar uma série de problemas que prejudicam o clima organizacional.
Imagine trabalhar em um ambiente com colegas excessivamente competitivos, fofoqueiros, individualistas, pessimistas e que apresentem outras características negativas: é inevitável que o clima pese e conflitos surjam constantemente em um cenário como este. O RH e as lideranças devem estar vigilantes a respeito de como o perfil dos funcionários e da equipe em si afetam sua dinâmica e a percepção dos profissionais a respeito da empresa.
5- Evolução na carreira / reconhecimento
Uma das maiores preocupações de qualquer profissional é com a possibilidade de crescimento na carreira na empresa em que trabalha. Oferecer ações de capacitação, treinamento, desenvolvimento de pessoas e um plano de carreira bem estruturado permitem essa visão de futuro dentro da organização — e uma cultura de aprimoramento dos talentos internos.
Além disso, promover ações de reconhecimento do bom trabalho também é uma forma de manter os profissionais motivados e engajados, influenciando positivamente na sua relação e percepção da empresa.
Todos esses elementos impactam na construção de um clima organizacional saudável ou tóxico: por isso, o RH e os gestores devem ter uma atenção especial a cada pilar destes indicados para promover ações que impactem positivamente a visão dos profissionais a respeito da companhia.
Como este conceito pode impactar a empresa?
Como dito, essa percepção coletiva tem o poder de influenciar o comportamento dos colaboradores e seu relacionamento com a empresa. Se o clima organizacional é bom, os funcionários trabalham com motivação, proatividade, produtividade, sabem atuar em equipe, se engajam com a instituição e permanecem nela. Um ambiente positivo ajuda a extrair o melhor de cada profissional, que irá trazer bons resultados para a companhia.
Já quando o clima organizacional é ruim, diversos problemas podem ser acarretados, certamente prejudicando o desempenho da empresa. Os colaboradores possivelmente terão dificuldade de relacionamento entre si, com o departamento próximo e até com a diretoria e seus próprios líderes - isso, por si só, tem uma série de consequências negativas, como gerar competições desnecessárias, fofocas, má vontade, isolamento, insegurança e comodismo. Tudo isso em vez de todos trabalharem juntos para alcançar o objetivo da instituição, trazendo o melhor de si e criando um ambiente colaborativo, inovador e harmonioso.
Mas não acaba por aí. Esses problemas de relacionamentos e ambiente pesado (por conta de todo desgaste e pressão) podem reduzir a produtividade do empregado e até impactar a qualidade do seu trabalho. Pior, o funcionário pode ficar desmotivado, faltando com frequência, não realizando suas tarefas como deveria e, até mesmo, adoecer e/ou sair da organização. Com grande frequência, a rotatividade de colaboradores afeta muito uma empresa, causando prejuízos financeiros, produtivos e de capital intelectual.
Algumas instituições tentam melhorar o clima organizacional ao criar um ambiente descontraído - espaço com paredes coloridas, mesas de jogos, happy hour, vestimenta casual, animais no trabalho e outras práticas, que estão cada vez mais chamando a atenção dos empreendedores. No entanto, apesar de serem atitudes bacanas, não são prioridade para os profissionais e não vão segurar os talentos da sua companhia caso a atmosfera não lhe esteja agradável!
Como diagnosticar o Clima Organizacional
Antes de decorar as paredes dos setores ou instalar um videogame na empresa, é preciso avaliar a real situação do clima organizacional do seu negócio, identificando as lacunas, problemas e oportunidades.
A Pesquisa de Clima Organizacional é uma ferramenta eficiente para fazer essa tarefa. Ela busca compreender a percepção dos funcionários a respeito do ambiente interno, por meio de entrevistas e questionários individuais. Essa avaliação deve ser feita regularmente, porém sem obrigar ninguém a participar da pesquisa. O RH tem que realizar um trabalho de incentivo e conscientização com os colaboradores, além de garantir a confidencialidade das respostas dos participantes.
A pesquisa pode abordar questões como o que motiva ou desmotiva os funcionários, se eles indicariam a empresa para alguém, sua opinião sobre a gestão, percepção a respeito de seu líder, sua satisfação com a remuneração e benefícios, e se estão realmente alinhados aos valores, missões e objetivos da organização. Essas e outras tantas perguntas ajudarão o RH a identificar problemas no clima e relacionamentos internos, que deverão ser comunicados à diretoria.
Após reunir os resultados, o RH deve divulgar as conclusões e, principalmente, montar ações concretas para transformar o clima organizacional ou torná-lo ainda melhor. De nada adianta todo esse esforço e tempo empreendido, se os colaboradores não serão realmente ouvidos, não?
Como melhorar o Clima Organizacional
Ao constatar que os funcionários estão desmotivados, há problemas internos de relacionamento e o ambiente não contribui para a qualidade e produtividade das equipes é hora de agir.
Primeiramente, após aplicar a pesquisa, o RH deve considerar quais são os pontos principais que estão prejudicando o clima organizacional. É a insatisfação com os salários e benefícios? Carga excessiva de trabalho? Falta de habilidade da liderança? Ambiente sob muita pressão? Falta de oportunidades de crescimento dentro da empresa? Ao avaliar as respostas é possível começar a imaginar que ações podem ser tomadas para corrigir esses problemas e tornar o cenário mais motivador e produtivo para os colaboradores.
O RH pode investir em ações como treinamentos específicos para os líderes, atividades lúdicas e diferenciadas para desestressar a equipe, repensar o plano de cargos e salários e outras formas de melhorar o ambiente de trabalho.
Uma dica é investir em métodos inovadores, que estão conquistando cada vez mais as empresas no mundo todo. A gamificação, por exemplo, é uma estratégia ampla que contempla diversos pontos, como capacitação profissional, desenvolvimento de habilidades pessoais, estímulo à motivação e a melhora dos relacionamentos com os colegas.
A gamificação alia elementos dos jogos à atividades com objetivos concretos, como realizar os treinamentos corporativos ou onboarding de novos funcionários, participar de processos seletivos, se envolver na comunicação interna e até mesmo motivar a fazer as tarefas cotidianas do cargo. O lado lúdico estimula e engaja os colaboradores, transformando ações que poderiam ser monótonas e cansativas em experiências imersivas e interativas.
Desta forma, a equipe atua com mais motivação, produtividade e qualidade - com certeza transformando a maneira com que encaram seu próprio trabalho. O estilo game acaba reduzindo a pressão e descontraindo o ambiente, ajudando assim em diversas frentes a melhorar o clima organizacional.
O RH pode implementar a gamificação e outras estratégias para melhorar a gestão de pessoas da sua empresa. Quer saber mais sobre essa metodologia? Converse conosco e descubra como adotá-la na sua realidade!