Usar métricas para medir a eficácia de um treinamento corporativo é fundamental para ter melhores resultados com essa estratégia. Com os indicadores certos, é possível identificar com assertividade as lacunas, falhas e oportunidades de aprimoramento nas ações de educação empresarial.
O que você vai ver neste artigo:
Use os recursos e esforços do seu negócio com sabedoria: conheça as melhores formas de se medir a eficácia de um treinamento corporativo e fortaleça a capacitação dos funcionários da empresa!
Por que medir a eficiência do treinamento corporativo?
As ações de educação corporativa têm muito a contribuir com o desempenho de uma organização: se bem executadas, elas são capazes de reforçar as competências dos colaboradores, além de aumentar sua motivação e engajamento com a empresa.
No entanto, assim como qualquer estratégia, é essencial adotar mecanismos de controle para verificar se as atividades estão gerando os resultados desejados ou identificar em qual ponto (ou pontos) em todo processo precisa ser aprimorado para se alcançar os objetivos esperados.
Vários problemas podem ocorrer em um treinamento corporativo e reduzir os seus impactos positivos: conteúdos desatualizados, rasos ou redundantes em relação ao conhecimento dos funcionários; materiais pouco atraentes ou acessíveis; metodologias e ações que não engajam os participantes ou resolvem suas necessidades; altas taxas de abandono ou não adesão às atividades; falta de melhora no desempenho, comportamento e/ou resultados dos colaboradores, entre tantas outras situações negativas.
Antes de implementar qualquer mudança, é importante avaliar o que está gerando essa falha e como ela está impactando as respostas da estratégia. Somente assim, é possível investir em ações assertivas para resolver os problemas e, finalmente, alcançar os resultados desejados com as ações de treinamento corporativo, fortalecendo a capacitação dos profissionais.
Mas, é importante afirmar: essa avaliação deve ser pautada em indicadores, que oferecerão dados confiáveis e concretos da realidade e basear a tomada de decisões certeiras.
Quais os principais indicadores para medir a eficácia de treinamentos?
Existem várias métricas que podem ser adotadas para aprimorar os treinamentos corporativos — como taxa de adesão e de abandono das atividades, tempo investido nas plataformas, comportamento nas dinâmicas, opiniões e comentários gerais dos participantes, entre outros. Todos eles têm a sua importância em promover ações mais engajadoras e produtivas para os funcionários.
No entanto, alguns indicadores são mais estratégicos para identificar a eficácia e resultados concretos que as ações estão tendo (ou não tendo) no desempenho dos colaboradores. Nesse sentido, os principais mecanismos para se medir essa questão são:
1- Aproveitamento individual
Todo funcionário deve ter assimilado conhecimentos específicos nos treinamentos para saber aplicá-los na sua rotina e, assim, melhorar o seu desempenho profissional. É importante verificar a nível individual se esse objetivo foi alcançado ou não.
Nesse sentido, pode-se adotar vários tipos de avaliações para descobrir se o aprendizado dos colaboradores foi adequado ou se será necessário reforço das informações.Provas, testes, quizzes, estudos de caso, apresentações, dinâmicas e outras ferramentas podem ser usadas para avaliar individualmente o aproveitamento dos funcionários nos treinamentos, verificando quais temas foram bem aprendidos e quais irão demandar um ensino mais intenso e assertivo.
2- Média de aprendizagem
Os treinamentos empresariais não podem considerar apenas o aprendizado individual — toda a equipe deve apresentar melhora no desempenho, comportamento e resultados após as ações para que a organização como um todo seja beneficiada.
Assim como se avalia cada funcionário, deve-se entender como anda o aprendizado coletivo. Para isso, é possível calcular a média do resultado das avaliações individuais para verificar essa questão e saber se os treinamentos precisarão de grandes intervenções ou se os problemas são mais pontuais.
3- Taxa de multiplicadores internos
Os impactos positivos dos treinamentos podem reverberar para além dos participantes. Um funcionário que dominou determinada técnica ou conhecimento por meio de uma ação educativa pode acabar ensinando seus colegas mais tarde, mesmo que indiretamente com a observação de seu trabalho.
O compartilhamento de conhecimento é algo bastante benéfico dentro de uma empresa, pois é uma forma de aprimorar o trabalho de vários profissionais com investimentos baixos. É possível selecionar os funcionários que mais tenham essa postura colaborativa, além das lideranças, para multiplicar o que foi aprendido com sua equipe — e calcular o potencial dos impactos dessa ação contribui nessa escolha.
4- Custo per capita
Um indicador estratégico para a educação empresarial é o custo per capita, ou seja, quanto custa para se treinar cada funcionário. Essa informação é importante para se avaliar o orçamento das ações e como anda o aproveitamento dos recursos.
Para fazer este cálculo, é importante saber:
- O custo total para a realizar os treinamentos: materiais; implementação da metodologia; conta de luz; valor do instrutor/facilitador; tempo dos colaboradores; entre outros;
- Número total de participantes.
Com esses dados, deve-se fazer dividir o custo total pelo número de participantes, resultando assim no custo per capita.
5- Retorno do Investimento (ROI)
Outro indicador fundamental e ligado às questões financeiras dessa estratégia é o Retorno do Investimento (ROI) dos treinamentos. Por meio desse cálculo, é possível avaliar se os impactos concretos gerados com as ações estão justificando os valores empregados nelas, oferecendo assim dados confiáveis para demonstrar a importância da educação corporativa e orientando se é necessário otimizar a estratégia.
Como melhorar o treinamento corporativo da sua empresa?
Quando os indicadores comprovam que há problemas e lacunas na estratégia, é importante repensar algumas questões ou investir em outras táticas para aprimorar os treinamentos e ter resultados positivos com a educação corporativa.
Primeiramente, é importante reavaliar um dos pilares da ação — o planejamento. Pode-se revisar vários elementos que constroem a estratégia: os objetivos e metas; público-alvo e seu perfil; metodologias; orçamento; cronograma; instrutores/facilitadores; conteúdos; plataformas usadas; mecanismos de feedback dos participantes, entre outras questões.
As métricas adotadas ajudam a identificar os pontos que precisam de aprimoramento, facilitando na decisão de revisar qual elemento do planejamento. Assim, é possível agir na raiz do problema e obter melhores resultados.
Outra medida que gera impactos significativos para os treinamentos é a adoção de metodologias de aprendizagem mais engajadoras. Elas têm mais capacidade de atrair e reter a atenção dos funcionários nas atividades do que os métodos tradicionais, aumentando assim o aproveitamento dos participantes nas tarefas.
A adoção de ferramentas como dinâmicas, microlearning, estudo de caso, projetos e gamificação, por exemplo, podem fazer toda a diferença no aprendizado dos colaboradores e no sucesso da educação corporativa. Especialmente por transformarem os momentos de aprendizagem em ações mais divertidas e produtivas.
Quer saber mais sobre uma das metodologias mais engajadoras? Saiba como usar a gamificação para treinamento corporativo e melhore os resultados dessa estratégia na sua empresa!