A Aprendizagem Autônoma é um modelo em que as pessoas atuam de forma mais independente em seus estudos, pesquisando e exercitando seu conhecimento de maneira autossuficiente ou quase completamente sozinhas — respeitando seu ritmo e individualidade nessa situação.
O que você vai ver neste artigo:
Pessoas de todas as idades e contextos podem adotar uma postura de Aprendizagem Autônoma para fortalecer sua bagagem de conhecimentos, enquanto empresas e instituições de ensino podem estimular essa conduta em seu público para ter melhores resultados. Quer saber como? Entenda como funciona o modelo e como aproveitá-lo em sua realidade!
O Que é a Aprendizagem Autônoma?
As últimas décadas trouxeram diversas mudanças na sociedade, inclusive no campo da educação. Novas tecnologias e metodologias foram incorporadas nos processos, tornando os estudos cada vez mais acessíveis para a população. Em vez de se limitar ao tradicional modelo expositivo — com um professor/instrutor explicando e os alunos copiando —, novas possibilidades surgiram, expandindo os recursos e métodos, além de acolhendo estudantes das mais variadas idades e vivências.
Foi nesse movimento que conceitos como a Aprendizagem Autônoma ganharam força. Em resumo, nesse estilo de aprendizagem as pessoas têm uma postura de maior independência em seus processos de conhecimento, desenvolvendo sua rotina e estratégias de estudo de acordo com suas necessidades, objetivos, realidade e individualidade.
Em vez de ter um “guia” fixo, como professor ou instrutor, são os próprios estudantes que orientam seus trajetos, buscando fontes e conteúdos e organizando sua agenda e possibilidades.
Nesse sentido, avanços tecnológicos como o EAD contribuíram bastante para incentivar e popularizar esse modelo, pois permitiram que milhões de materiais e informações estivessem disponíveis para qualquer pessoa que tenha acesso à internet. Seja no computador ou no celular, qualquer um pode parar alguns minutos para aprender os mais variados assuntos — isso na fila, no transporte público, no intervalo escolar, em qualquer lugar e horário.
Dessa forma, estudantes de diferentes idades podem acessar por conta própria conteúdos educacionais para construir seu conhecimento, seja para fortalecer a aprendizagem escolar, as competências profissionais ou por outros objetivos pessoais.
Flexibilidade e autonomia são dois dos motivos principais que levam milhares de pessoas a adotar, mesmo que de forma intuitiva, a Aprendizagem Autônoma em seu dia a dia. Mas, na correria e obrigações cotidianas, muitas acabam deixando os estudos de lado em um certo ponto.
Estratégias para se ter Resultados com a Aprendizagem Autônoma
Apesar das inúmeras possibilidades e benefícios, a Aprendizagem Autônoma é um modelo que demanda algumas habilidades dos estudantes para que eles alcancem os objetivos que desejam com os estudos. Disciplina, autonomia, força de vontade, motivação, pensamento crítico, pesquisa, interpretação, entre tantas outras qualidades, são fundamentais para que os indivíduos se dediquem e tenham resultados — independentemente da sua meta.
Por isso, é importante considerar algumas estratégias para aproveitar as vantagens desse estilo e assimilar melhor os conteúdos estudados. Além disso, empresas e instituições de ensino também podem levar em conta questões como estas para incentivar estudantes e colaboradores a fortalecerem seus conhecimentos e competências.
Dessa forma, algumas dicas para ter melhores resultados com a Aprendizagem Autônoma são:
Montar um planejamento
Para se ter os efeitos concretos e positivos, o melhor é não deixar para estudar “quando der” ou sem definir os conteúdos que serão estudados. A falta de organização pode contribuir para o estudante acabar se confundindo nos materiais, perdendo o foco e até mesmo a motivação a longo prazo.
Definir uma rotina de estudos e os assuntos que serão estudados (além de suas fontes) é uma ótima forma de ter maior controle sobre a aprendizagem, organizando melhor as atividades e ajudando a visualizar o progresso nos estudos.
Nesse sentido, também é importante pensar em maneiras de se manter motivado e disciplinado durante o processo, evitando parar no meio do caminho. Definir objetivos e recompensas ao longo do trajeto pode ser uma boa ideia nessa direção.
Investir em fontes de qualidade
Existe uma infinidade de conteúdos disponíveis e em diversos canais — de livros à internet. No entanto, é fundamental saber de onde vem as informações consultadas e se elas são de uma fonte confiável ou não.
Nem tudo é realmente verdadeiro ou aproveitável: diversificar autores e canais pode ser uma boa ideia para expandir o conhecimento, comparar ideias e pensar criticamente qual informação faz mais sentido ou não. Dessa forma, reduz o risco de estudar informações que tragam lacunas ou equívocos em suas abordagens.
Pensar na individualidade
Algumas teorias educacionais acreditam que as pessoas assimilam os conteúdos de maneiras diferentes, pensando que há diversos estilos de aprendizagem. Segundo esse pensamento, alguns indivíduos aprendem melhor dependendo do estímulo ou recurso adotado nos processos educacionais. Uns entendem melhor a informação se ela for visual, por exemplo, enquanto outros se for textual ou por áudio, ou então se for realizada uma atividade mais “mão na massa”.
Dessa forma, conhecer qual estímulo funciona melhor é fundamental para selecionar materiais e rotinas que estejam mais alinhados ao seu estilo de aprendizagem, fortalecendo assim a assimilação de conhecimentos e não se frustrando com materiais que não serão tão úteis.
Pensando em questões mais amplas, é importante considerar a individualidade no aprendizado ainda mais em estudantes com autismo, TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) ou outros diagnósticos. Entender como eles influenciam na assimilação de informações, rotina de estudos e comportamento é essencial para que o próprio indivíduo use esse conhecimento ao seu favor para adaptar as estratégias e fortalecer sua aprendizagem.
No fim das contas, ter autoconhecimento é algo poderoso para planejar uma rotina de estudos que respeite sua realidade, individualidade e desafios, aproximando os indivíduos do conhecimento e não impondo ainda mais barreiras ao seu aprendizado.
Investir em metodologias engajadoras
A pessoa pode até aprender bem com conteúdos textuais, por exemplo, mas, o uso contínuo desse recurso pode acabar gerando desmotivação — e sempre há aqueles dias em que mesmo as tarefas mais simples parecem desafios intransponíveis.
Por isso, variar nos estímulos e estratégias é algo benéfico para os momentos de estudo, ainda mais nos casos de Aprendizagem Autônoma, em que o estudante depende de si e geralmente estuda sozinho, sem ter alguém para lhe motivar. Essa variedade ajuda a tornar o estudo mais dinâmico, enriquecendo a assimilação de conhecimentos.
Além de pensar em formatos comuns, como vídeos, podcasts e infográficos, existem metodologias ainda mais inovadoras que podem agregar a essa lista, como: realidade virtual; exercícios práticos; entrevistas e gamificação, por exemplo.
Essa última ferramenta vem sendo adotada por instituições de ensino e empresas para aumentar o engajamento dos estudantes nas atividades, fortalecendo seu conhecimento ao oferecer uma metodologia mais dinâmica e moderna. A gamificação aplica conceitos de áreas como aprendizagem, psicologia, neurociência e motivação para desenvolver conteúdos que atraiam e retenham a atenção das pessoas, incentivando-as a realizar ações que gerem benefícios à suas vidas.
Ficou curioso sobre como ela pode ajudar a educação da sua empresa ou instituição de ensino? Descubra o que é Gamificação e os benefícios dessa metodologia para a aprendizagem de pessoas de diferentes idades e contextos!
Na Aprendizagem Autônoma as pessoas têm uma postura de maior independência em seus processos de conhecimento, desenvolvendo sua rotina e estratégias de estudo de acordo com suas necessidades, objetivos, realidade e individualidade.
1) Montar um planejamento
2) Investir em fontes de qualidade
3) Pensar na individualidade
4) Investir em metodologias engajadoras