Feedback construtivo: qual a importância e exemplos de como fazer

Feedback construtivo é a ação de compartilhar com uma pessoa os pontos que ela deve trabalhar a fim de melhorar seu desempenho em uma determinada tarefa. Esse termo é bastante conhecido e utilizado pelos gestores com o objetivo de alinhar as expectativas da empresa com as práticas dos colaboradores.

No ambiente corporativo o feedback é uma ferramenta comunicacional que avalia e incentiva melhores comportamentos e desempenho dos colaboradores de uma organização. Confira sobre o assunto.

Precisa avaliar alguém no trabalho, mas não sabe o que dizer? Confira estas 3 dicas para fazer feedbacks construtivos e fortaleça seu relacionamento profissional!

Já citamos de maneira geral o que significa feedback construtivo. Mas é importante se aprofundar nesse conceito para entender como melhor trabalhá-lo.

A palavra feedback vem do inglês e significa “alimentação de retorno” ou “retroalimentação”. É o termo utilizado em diferentes contextos para se referir a ação de avaliar atitudes positivas ou negativas de um indivíduo, sempre de forma construtiva.

No ambiente corporativo, o feedback é uma ferramenta estratégica utilizada pela liderança das equipes para observar o progresso e registrar ações e comportamentos, sejam eles positivos ou negativos, da equipe liderada.

É um meio eficaz para se ter uma visão abrangente e externa da equipe e de como cada um desempenha suas tarefas. 

Quando utilizado da forma certa, o feedback construtivo pode auxiliar na tomada de decisão, gerar mais engajamento e, além disso, servir como um guia nas estratégias de treinamento e desenvolvimento corporativo.

Como resultado, os gestores trazem maior transparência no processo de avaliação e mostram aos colaboradores como eles são importantes para a empresa e como seu trabalho é valorizado, gerando, assim, maior confiança entre gestor e liderado, liderado e empresa.

No ambiente corporativo, cada colaborador tem sua responsabilidade diária e todas as ações somadas geram o lucro necessário para o funcionamento do negócio. Quando um colaborador não corresponde com as necessidades da empresa, isso pode afetar o trabalho da equipe a que pertence, e, além, influenciar no engajamento de todo  negócio.

Nesse cenário, o feedback pode ser uma ferramenta bastante útil para alinhamento de expectativas. Porém, existem várias formas de dar feedback - inclusive maneiras erradas de se fazer isso, como é o caso do feedback negativo.

O feedback negativo foca na crítica, ou seja, a conversa inteira é baseada em apontar os erros do colaborador e não fornece um direcionamento claro de quais ações podem ser implementadas para a melhora de performance. O feedback negativo é o vilão do pensamento criativo e da motivação dos colaboradores.

Já o feedback construtivo é voltado para o desenvolvimento do colaborador, ou seja, busca ajudá-lo a melhorar enquanto pessoa e profissional. A formação de uma equipe de alta performance está diretamente ligada à prática do feedback e a cultura do feedback contínuo.

A cultura de feedback pode trazer vários benefícios para o negócio e para os colaboradores. Vem ver quais são os principais deles!

Com o feedback, o colaborador sabe exatamente quais práticas precisam de melhorias e quais estão de acordo com as necessidades da empresa. Pois é nesse momento que o gestor destaca os pontos fortes e possíveis gaps do profissional.

O feedback construtivo tem como centro a comunicação, ora é uma ferramenta corporativa que ajuda na redução de ruído e a construir confiança entre equipes, também na auto responsabilidade e no comprometimento com a entrega de resultados.

O feedback construtivo possibilita compartilhar as gaps de um colaborador sem que ele leve para o lado pessoal. Ao fazer da forma efetiva, o profissional entende que essa é uma atitude positiva que irá contribuir para o seu crescimento profissional.

Mas o feedback construtivo não se limita a isso: um momento para falar sobre pontos de melhoria de um colaborador. Ele também é uma oportunidade para mencionar características e ações positivas, o que o torna uma ferramenta motivacional.

Ao trabalhar essa ferramenta da forma correta, sua equipe amplia a visão, passa a lidar melhor com as situações complexas e não tem medo de errar e se arrepende quando o fizerem.

A cultura do feedback é uma ferramenta que contribui para o processo de aprendizado contínuo, prática onde os colaboradores da empresa conseguem entender melhor quais são seus pontos fortes e fracos e buscar melhores resultados de acordo com seus objetivos e os da empresa.

O feedback positivo busca evidenciar um comportamento ou uma atitude positiva de um colaborador, a fim de motivar que ela aconteça outra vez. Já o feedback construtivo, de modo geral, tem como objetivo revisitar ações ou comportamentos que impactam negativamente e podem ser melhorados.

No momento do feedback construtivo é possível trabalhar também o positivo, inclusive pode fazer parte da estratégia do gestor, a fim de garantir que sua mensagem seja bem recebida pelo colaborador. Em outras palavras, para que o profissional não veja o momento como algo negativo, mas uma prática necessária para o seu crescimento.

Por isso que todo feedback construtivo deve acontecer no contexto de relacionamentos seguros e de confiança. Só assim, essa prática gerará maior satisfação no trabalho, irá melhorar o clima organizacional, contribuirá para o engajamento e para o desenvolvimento do trabalho.

Todo mundo precisa de uma visão de fora para se aprimorar — sem exceção e em cada nível da vida, seja pessoal, social ou profissional. Um feedback construtivo pode ajudar a identificar competências e posturas que podem ser melhoradas, a fim de ter mais resultados no contexto desejado, ou até mesmo a enxergar oportunidades e qualidades que a própria pessoa desconhece ou não valoriza

No entanto, um comentário mal planejado ou uma palavra equivocada podem fazer estragos: prejudicar a relação entre quem comenta e quem recebe a opinião, gerando antipatia, raiva e separação; desmotivar a pessoa e inclusive contribuir para sua retração.

Imagine tudo isso ocorrendo dentro de uma empresa. Quantos colegas não tem rancor de outro por conta de um comentário mal colocado ou não pedido? Quantos profissionais diminuem seu engajamento com a empresa após um feedback considerado negativo? E quantos líderes se desmotivam ao receberem críticas mais duras?

Ter esse cuidado não significa falar suave ou esconder os problemas para debaixo do tapete. Um feedback construtivo não é feito apenas de elogios — se não, nada seria “construído” —, precisa sim apontar lacunas e falhas dos profissionais. No entanto, essa conversa deve ser respeitosa e considerar os sentimentos de quem recebe para evitar problemas mais tarde. 

Esse equilíbrio entre apontar os pontos negativos e não desmotivar o profissional ou azedar a relação é fundamental para se fazer um feedback construtivo. Claro, falar sobre isso é mais fácil do que aplicar na prática, porém, existem algumas soluções que podem tornar essa conversa mais tranquila e produtiva.

No trabalho, e até mesmo na vida, sempre chega o momento de dar um feedback a outra pessoa: para colegas; gestor; liderado; amigos; familiares; desconhecidos… Como dizer honestamente o que pode ser melhorado, sem desmotivar ou terminar com alguém irritado com você?

Existem 3 dicas para realizar feedbacks construtivos que podem ajudar a fortalecer qualquer relacionamento, seja no trabalho ou na vida pessoal:

Em todo feedback é importante não apenas pensar nas lacunas ou falhas que a outra pessoa apresenta, mas também trazer para a conversa seus pontos fortes, qualidades e resultados alcançados. 

Isso aproxima o indivíduo de quem está fazendo o comentário, ajudando a abrir sua mente e espírito para o resto da conversa. Além disso, o reconhecimento dos pontos positivos aumenta a motivação de qualquer pessoa, fazendo-a sentir valorizada no ambiente.

Pense em comentários como: “excelente trabalho em equipe, motivando os colegas...”; “consegue criar uma conexão com o cliente ao entender sua dor...” e “fez um ótimo trabalho técnico no projeto Z...”, podem trazer um sorriso a pessoa com quem se conversa, tornando-a mais receptiva e valorizando suas qualidades. 

Ao falar sobre as falhas e lacunas mostradas pelo profissional, é preciso ter cuidado para não misturar crítica do comportamento e resultados com comentários negativos a pessoa, em si, durante a conversa.

Em vez de um “é irresponsável”, troque por “o atraso na entrega de X, trouxe Y consequências”; não diga “não é produtivo”, mas sim “no mês A, não foi alcançado os objetivos almejados... ”. Foque nos comportamentos negativos, não usando palavras que deixem a entender que a pessoa (ou sua personalidade) é o centro de todos os problemas da situação.

Essa mudança de direcionamento pode ajudar a tirar o peso pessoal dos apontamentos mais críticos, focando em algo que pode ser trabalhado e aprimorado com maior facilidade, que é o comportamento. 

Não basta apenas elogiar e identificar os problemas: para que o feedback seja construtivo é importante que ele direcione a uma solução para as situações negativas. Isso ajuda a motivar a pessoa, ao indicar que há uma oportunidade de melhora. É deixar claro — este não é o fim de sua carreira, trabalho ou relacionamento. 

Pensar em soluções, junto com o indivíduo, mostra o interesse e investimento que o líder/empresa/pessoa que oferece feedback tem nele, aumentando sua confiança e engajamento. 

Tudo isso o motiva a solucionar suas dificuldades, se esforçar e gerar os resultados desejados no início. Assim, todos os lados são beneficiados.

Essas dicas ajudam a tornar a conversa mais positiva, tanto em relação ao relacionamento entre as partes, quanto às questões que precisam ser aprimoradas. Existem outras dicas importantes para se levar em consideração antes de dar o feedback:

Nas empresas, oferecer um feedback construtivo é algo fundamental em duas situações: 

Essa avaliação pode ser feita tanto entre colaborador e líder, colegas e até mesmo considerar a organização como um todo, como no caso da 360 graus. O RH deve ponderar qual modelo é mais adequado para a empresa no momento, considerando os recursos e tempo de resposta de cada método. 

Mas, além de saber qual tipo de estudo fazer, é importante estar aberto às facilidades que a tecnologia pode oferecer neste processo. Quer saber mais? Confira nosso artigo Avaliação de desempenho: métodos antigos VS inovadores!