A flexibilidade no trabalho é uma tendência que veio para ficar nas empresas. Adotar esse conceito no negócio pode ser uma ótima forma de aumentar o engajamento, produtividade e qualidade no serviço dos colaboradores — desde que também haja disciplina, planejamento e organização para que essa estratégia funcione no dia a dia.
O que você vai ver neste artigo:
Conheça as vantagens e como adotar o modelo de flexibilidade no trabalho e mude a rotina da sua equipe!
O que é a Flexibilidade no Trabalho?
Vivemos em um período de grandes transformações: décadas atrás era difícil imaginar ser capaz de acessar inúmeras notícias, filmes, séries ou músicas em questão de segundos; ter uma conversa simultânea com alguém do outro lado do mundo ou ter milhares de documentos e arquivos em uma “nuvem”. Inovações como estas mudaram a forma com que as pessoas se relacionam entre si, com a sociedade, com as empresas e com o seu próprio trabalho.
E uma das características comuns nesse período é a flexibilidade: os indivíduos desejam ter esse conceito concretizado nas esferas de sua vida — de suas relações sociais ao emprego. E os avanços tecnológicos possibilitaram isso, permitindo que amigos conversem de forma assíncrona ou que um profissional trabalhe para uma empresa localizada em outro país.
A flexibilidade no trabalho é uma proposta que permite maior liberdade e autonomia aos colaboradores, negociando algumas condições para que os profissionais adaptem sua rotina pessoal e trabalhista e equilibrem as diferentes esferas da sua vida com maior facilidade.
Se antes os funcionários tinham um período fixo de chegada e saída, local fixo de trabalho, benefícios fixos, hierarquia fixa, funções fixas, layout do espaço fixo... Agora essas e muitas outras situações podem ser flexibilizadas se forem vantajosas para o trabalhador e organização, além de serem permitidas pela legislação trabalhista.
Diversas questões podem ser negociadas entre a empresa e profissional para flexibilizar o trabalho. Por exemplo:
- Horário de trabalho (que pode considerar o período do dia que o profissional é mais produtivo, em vez do horário de funcionamento tradicional);
- Local de trabalho (com a possibilidade da adoção do home office e outros modelos);
- Jornada de trabalho (com o profissional trabalhando alguns dias na empresa e outros em casa, por exemplo; ou atuando apenas quando a demanda aumenta ou for mais pertinente a todos os envolvidos);
- Espaço físico (podendo ser personalizado para agradar o profissional e assim oferecer um ambiente mais amigável e saudável);
- Benefícios corporativos (além dos obrigatórios, é possível oferecer a cada profissional aquilo que mais lhe interessa);
- Hierarquia na equipe e empresa (que pode ser mais horizontal para dar aumentar autonomia e liberdade dos profissionais);
Assim a empresa pode aplicar esse conceito em diferentes graus, dependendo da sua realidade e desejo de todos os envolvidos.
Vantagens da Flexibilidade no Trabalho
Não é à toa que muitas empresas estão aderindo a este conceito: se feito da forma correta, é possível obter vários benefícios — tanto para a empresa, quanto ao profissional — com a flexibilização do trabalho.
Aumento da produtividade
Adaptar o dia a dia de trabalho de um profissional para privilegiar os momentos em que ele tem tendência maior a se concentrar é uma ótima forma de aumentar sua produtividade. Em vez de forçá-lo a uma rotina que não explora o seu melhor, aproveita-se suas particularidades em favor de todos os envolvidos.
Se o profissional é mais produtivo à tarde, trabalhando três vezes por semana no escritório e dois dias em casa, por que não adaptar sua jornada a este padrão? Isso é positivo para a empresa e para o colaborador, que terá uma rotina mais alinhada às suas necessidades pessoais.
Qualidade de vida e clima organizacional
Essa flexibilidade de horários pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dos funcionários, já que eles conseguirão adequar sua rotina de trabalho às suas demandas pessoais, como fazer um curso, cuidar de alguém ou praticar um hobby.
Mesmo sem intenção, as questões pessoais impactam na produtividade e qualidade do serviço de qualquer profissional e, se bem atendidas e resolvidas, ele terá ânimo para atuar com maior dedicação ao seu trabalho.
E, se os profissionais estão felizes, o clima da equipe ou da empresa como um todo é impactado positivamente, criando um ciclo saudável no ambiente de trabalho.
Engajamento
Dar mais liberdade e pensar de forma personalizada a realidade de cada colaborador pode ser uma poderosa forma de aumentar o engajamento profissional. Junto com os itens acima, é fácil entender como a relação entre empresa e colaboradores será fortalecida.
Ainda mais considerando as gerações mais jovens, ter flexibilidade no trabalho é praticamente um item obrigatório para se candidatar a uma vaga ou se manter em uma empresa. Ter liberdade e autonomia em suas funções é fundamental para a motivação e engajamento desse grupo etário.
Como Funciona a Flexibilidade no Trabalho?
Primeiramente é importante considerar até onde vai a flexibilidade na organização: é apenas nos horários e jornada? Ou seria mais profunda, abarcando até mesmo a estrutura hierárquica?
Após definir os limites e possibilidades, deve-se também pensar o impacto desse grau na realidade da organização. É preciso se atentar que nem todos os funcionários irão preferir ou se adaptar ao modelo mais flexível de trabalho — e isso é normal. Para estes, é importante manter o estilo tradicional, respeitando sua singularidade e extraindo o melhor de cada talento da empresa.
Levando em consideração este grupo e os demais, é possível dividir a equipe em três categorias:
- Fixo: é o modelo tradicional de trabalho, seguindo as mesmas regras de sempre;
- Variável: dá um pouco mais de liberdade aos profissionais, oferecendo opções pré-definidas que ele possa escolher. Decidir entre três possibilidades de jornada de trabalho é um exemplo;
- Livre: é o tipo mais flexível, onde o profissional tem liberdade para organizar a rotina, por exemplo, de acordo com suas preferências.
A empresa deve estar preparada para acompanhar e controlar as rotinas, burocracias e tudo mais envolvido com a adaptação a esta flexibilização. Também deve orientar e treinar os profissionais que optarem pelo modelo variável ou livre, para que essa mudança seja positiva e se tornem mais produtivos e dedicados.
E, nessa dinâmica, é fundamental contar com líderes habilidosos que sabem cobrar resultados, mas ainda sim motivar seus colaboradores; entendem suas singularidades e ainda sim organizam a equipe em sua totalidade.
Descubra quais competências são indispensáveis para liderança e prepare seus gestores para extrair o melhor de cada talento da sua empresa!