Dentre as várias funções que a gamificação pode assumir, ela pode instigar interesse nos funcionários sobre a cibersegurança
A gamificação na segurança da informação está relacionada à prática de naturalmente instigar interesse aos funcionários de aprender, dominar e realizar um conjunto de práticas que possam reduzir o risco geral de invasão cibernética de uma organização.
Uma das questões que atualmente preocupa empresas no mundo inteiro é a proteção de seus dados no ambiente cibernético.
O que você vai ver neste artigo:
Organizações vêm reforçando suas tecnologias e implementando estratégias para se defender de ataques e crimes nessa esfera. Entre diversas possibilidades, a gamificação se mostra uma grande aliada na segurança da informação.
Neste artigo vamos explicar como essa metodologia pode ser adotada para melhorar a proteção dos dados da empresa e evitar problemas — como golpes e vírus — mais tarde!
Tecnologia e Segurança: uma relação necessária
A popularização da internet trouxe uma série de benefícios à sociedade: informações a alguns cliques de distância, a quebra de distâncias físicas e até temporais, além de milhares de possibilidades que facilitam as nossas vidas em diversas esferas, como pessoal, social e profissional.
No entanto, com este movimento, também veio o lado negativo: vírus; golpes; informações falsas; ataques e outros milhares de tipos de crimes cibernéticos aumentaram à medida em que o número de usuários cresceu. Não são apenas as pessoas que sofrem com estes problemas — as empresas também enfrentam este desafio ao adentrar o universo online.
Por mais que a tecnologia e suas oportunidades, como a transformação digital, sejam vantajosas aos negócios, é preciso saber lidar com estes riscos para se prevenir das consequências desse lado sombrio da internet.
Felizmente existem uma série de soluções que podem ajudar empresas de todos os portes e segmentos de mercado a protegerem seus dados de ataques e golpes, evitando assim dezenas de problemas futuros.
A adoção de ferramentas de segurança — como antivírus e outras possibilidades mais sofisticadas — é fundamental, mas existem outros gargalos nessa situação que precisam ser resolvidos.
E a gamificação pode contribuir justamente em algumas dessas lacunas.
O que é gamificação?
Para entender como os termos “gamificação” e “segurança da informação” se relacionam, antes é necessário se aprofundar no que é gamificação.
Gamificação, ou ludificação, é a prática de adotar ferramentas e mecânicas que são geralmente utilizadas no contexto de entretenimento para outras ocasiões do dia a dia, com objetivo de gerar motivação, engajamento, dinamicidade e dedicação nas atividades propostas.
Isso é possível porque essa didática inova na maneira de compartilhar qualquer assunto, tendo como centro o lúdico, característica esta que geralmente não se é vista em certos ambientes, como o âmbito corporativo.
As ferramentas adotadas no processo gamificado gera a sensação de conquista, evolução e conclusão, sendo, portanto, ideal para promover aprendizados e/ou para a resolução de problemas.
Gamificação e Segurança da Informação
Uma das principais portas de entrada dos crimes cibernéticos é a falha dos usuários. Por desconhecimento e muitas vezes sem a intenção, muitas pessoas acabam acessando conteúdos e links maliciosos na rede, instalando programas espiões e vírus nos equipamentos pessoais e até mesmo nos da empresa onde trabalham.
Este é o maior gargalo que preocupa profissionais de segurança da informação em todas as partes do mundo, pois essa pequena falha pode gerar grandes problemas como roubo de dados, inclusive sigilosos, e golpes em contas bancárias e cartões de crédito. Assim, não somente são causados prejuízos financeiros, como estratégicos para a empresa.
Problemas como estes não atingem apenas grandes corporações mundiais — até mesmo pequenos negócios podem sofrer as consequências de uma falha de segurança em suas operações. Por isso, esta questão deve ser uma preocupação de todas as empresas e RHs.
Treine seus colaboradores para às ameaças cibernéticas
Além de implementar sistemas de segurança e outras ferramentas tecnológicas, é importante que todas as empresas treinem seus colaboradores para saberem lidar corretamente com a tecnologia e não caiam em ciladas que possam prejudicar terrivelmente suas organizações.
O treinamento corporativo pode educar os funcionários nas melhores práticas de segurança da informação, sabendo identificar tentativas de golpes e vírus, além de outras situações de risco, e ajudando a preservar os equipamentos e dados da organização. Desta forma, reduz-se as chances de ataques cibernéticos e problemas da área.
E é neste contexto que a gamificação se torna uma grande aliada da segurança da informação. Essa metodologia vem sendo adotada por empresas do mundo todo em suas estratégias de educação corporativa, tornando ações como o treinamento corporativo mais eficientes.
Mas, como isso ocorre? A gamificação usa elementos comuns aos jogos para estimular as pessoas a realizarem determinadas ações ou mudarem comportamentos, gerando assim impactos positivos concretos em suas vidas. Recursos como storytelling, pontuações e recompensas são aplicados em uma dinâmica educativa para motivar os colaboradores a realizarem os treinamentos.
A gamificação na prática
Em vez de apenas adotar palestras, atividades meramente expositivas ou simples comunicados com dicas de segurança, e que podem passar batido pelos colaboradores e tornar a experiência até monótona, usar a gamificação nos treinamentos pode aumentar o engajamento dos funcionários na ação.
Imagine só: em vez de apenas explicar que clicar em links inseguros pode infectar o computador da empresa com vírus, imagine um jogo com vilões, pontos e missões que ajudem a ensinar o colaborador sobre estas ameaças: uma atividade bem mais divertida, não?
Ao oferecer uma experiência imersiva e interativa, os funcionários associarão os momentos de estudo com algo positivo, aumentando assim o seu engajamento e fortalecendo os conhecimentos adquiridos na dinâmica.
O que os jogos e a proteção de dados tem a ver?
A gamificação consegue captar e reter a atenção dos participantes nas ações, usando elementos dos jogos que os tornam atividades naturalmente motivadoras. Desta forma, aliando o lúdico a objetivos reais, é possível melhorar os resultados dos treinamentos e outras estratégias educativas da empresa — seja pensando na segurança da informação ou em outros temas importantes para os colaboradores, fortalecendo seu desenvolvimento técnico e até suas habilidades sociais.
Curiosamente, a relação entre jogos e proteção de dados é ainda mais profunda. Uma pesquisa do McAfee, traduzida pelo site Meio Bit em 2018, apontou que a geração que cresceu jogando videogames é vista como a mais preparada para assumir cargos em cibersegurança.
Entrevistando diretores e profissionais da área, 78% deles acreditam que os gamers são os candidatos mais fortes às vagas em Segurança da Informação — justamente pelas habilidades adquiridas na atividade.
Para 72% dos respondentes contar com profissionais que tenham essa vivência em suas equipes de Tecnologia da Informação (TI) ajudaria a fechar brechas de segurança em seus produtos e serviços. Mais ainda — 75% contratariam um profissional gamer, mesmo que este não tenha experiência na área, investindo em treinamentos específicos para complementar a sua formação mais tarde.
Todo este otimismo tem justificativa: para 92% dos participantes da pesquisa os jogos ajudaram essa geração a desenvolver competências que acreditam ser fundamentais, como competição, entendimento de lógica, perseverança, desenvoltura para lidar com frustrações e criatividade.
Imagine conseguir desenvolver essas habilidades na sua equipe? Mesmo em questões que não se relacionem à segurança da informação e a área de TI, essas competências também são importantes para se despertar nos colaboradores da empresa, fortalecendo os talentos internos.
E a gamificação pode ajudar nesse processo, tornando o treinamento ainda mais engajador. Além de ser uma ótima solução para este tipo de ação, a metodologia vem sendo adotada nas empresas em processos como recrutamento e seleção, onboarding de novos funcionários, comunicação interna e até mesmo nas tarefas diárias dos colaboradores.
Outras três formas de se proteger
Somar a potencialidade da gamificação com outras práticas torna sua empresa ainda mais inacessível a esses ataques mal-intencionados.
Hardware e software sempre atualizados
Atualizações de hardware e software são geralmente disponibilizadas pelos desenvolvedores do sistema com objetivo de corrigir algum problema ou alguma vulnerabilidade que possa ser explorada por cibercriminosos. Portanto, manter programas desatualizados ou equipamentos defasados abre brechas para que isso aconteça com a sua empresa.
Uma prática simples e que só vai custar uma pequena parte do seu tempo, é adotar uma política de atualização de hardware e software, como, fazer updates de programadas utilizados diariamente e do sistema operacional; trocar componentes muito antigos, como placas de redes, processadores, ou mesmo computadores inteiros; escanear os documentos com o antivírus, e verificar sua eficácia.
Isso não só aumenta a segurança cibernética da sua empresa como também impacta no nível de produtividade dos seus colaboradores. Afinal, um computador com softwares mais recentes dificilmente irá travar ou parar de funcionar do nada. Ora, problemas com ferramentas têm o poder de influenciar negativamente na motivação dos colaboradores. Quando você se preocupa com isso, maior é o interesse do profissional de trabalhar.
Backup em dia
Dentre as práticas mais comuns no mundo do ataque cibernético está o chamado sequestro de dados, que é quando o criminoso bloqueia o acesso às informações e aos dispositivos da empresa e exige o pagamento de uma quantia x para liberar novamente o acesso. Mas é comum que mesmo ao cumprir com as exigências dos criminosos, a empresa nunca mais receba seus dados de volta.
Para não correr este risco, além de seguir à risca as demais dicas mencionadas aqui, é importante que o backup de dados esteja em dia. Assim, a empresa irá se proteger deste e de outros incidentes, como erros humanos, falha em discos, problemas elétricos e, inclusive, desastres naturais.
Adotar uma política de backup, assim como a de manter os hardware e software atualizados é a prática ideal. Hoje em dia, a tecnologia ajuda nesse sentido, com backups automáticos. É verdade que são muitas informações para salvar constantemente, mas dê sempre preferência para os dados sigilosos e sensíveis do seu negócio.
Fomente o aprendizado contínuo
Promover treinamento específico sobre segurança da informação é de fato um passo fundamental para que sua empresa evite que ataques aconteçam. Mas por ser um assunto de muita relevância, é importante que ela vá além, e falar constantemente sobre ajuda nesse sentido.
Ou seja, é essencial que a segurança digital seja vista como um assunto de aprendizado contínuo, que falar disso faça parte da cultura da empresa, e não um treinamento, uma cartilha com dicas ou uma palestra pontual.
A gamificação inclusive ajuda nesse sentido, porque a empresa pode trabalhar o conteúdo sempre sem que fique cansativo. Por meio de uma plataforma on-line, seus colaboradores podem conhecer questões básicas e ir elevando seus conhecimentos sobre o assunto à medida que evoluem nas atividades que podem ser totalmente lúdicas, através de um tabuleiro, por exemplo.
Como é possível personalizar todo conteúdo da plataforma, sua empresa pode aplicar a atividade que desejar, um treinamento com avatares, nível, pontuação, fases e muito mais.
Quer conhecer mais benefícios dessa estratégia? Converse conosco e descubra o que a gamificação pode fazer por sua empresa!
Perguntas Frequentes:
Basicamente, gamification é uma forma de usar elementos comuns dos jogos em situações que não se restringem ao entretenimento. É utilizar a lógica e metodologias dos games para servir a outros propósitos, como tornar conteúdos complexos em materiais mais acessíveis, facilitando os processos de aprendizado.