5 benefícios em ter uma liderança compartilhada nas empresas?

Adotar o estilo de liderança compartilhada na empresa pode ser uma excelente ideia para dar mais espaço para os colaboradores aproveitarem seus talentos e contribuírem na gestão. 

O estilo tradicional pode ainda ser o mais comum, mas existem várias vantagens de se investir em um modelo mais flexível e horizontal de relacionamento com a equipe. Conheça 5 benefícios da liderança compartilhada nas empresas! 

O papel da liderança em uma empresa mudou completamente nas últimas décadas: antigamente um líder deveria ser uma pessoa assertiva, imponente, que conduzia sua equipe com autoridade e tomava todas as decisões do departamento. Havia um certo distanciamento entre ele e seus funcionários, que deveriam seguir suas ordens à risca. Tudo era centralizado em sua figura e competência. Assim era, mais ou menos, como um chefe se portava na maioria das organizações há 20, 30 ou 40 anos atrás.

Entretanto, esse modelo vem ruindo em diversos setores. Muitos profissionais, principalmente de gerações mais novas, reagem melhor a um ambiente de trabalho mais horizontal, flexível e com maior liberdade para realizarem seu serviço. 

Em vez de um lugar de hierarquia e costumes rígidos, os colaboradores teriam um desempenho maior ao terem mais autonomia e oportunidade de exercerem seus talentos. E um dos modelos que se encaixa nessa descrição é a liderança compartilhada. 

Ela é um estilo de gestão em que os colaboradores têm maior liberdade e espaço para contribuírem com as decisões da equipe e empresa. Ou seja, em vez de centralizar tudo no líder, há várias "lideranças" dentro do departamento — ou seja, cada profissional pode colaborar para as estratégias, atividades e demais ações relacionadas ao seu ambiente de trabalho. 

Pode parecer um conceito delicado na prática, mas, quando adotada da forma correta, a liderança compartilhada faz a diferença no dia a dia de um negócio. 

Não é à toa que esse modelo vem sendo observado por muitas empresas, independentemente do seu porte e segmento de mercado. Em comparação ao estilo tradicional e rígido de liderança, esse traz diversas possibilidades para a dinâmica interna.

Confira 5 benefícios que a liderança compartilhada pode gerar em uma organização: 

A sua empresa dá espaço para os profissionais explorarem suas competências? Quantos talentos não ficam escondidos com a correria do dia a dia e nos costumes do cotidiano? Ou quantas dessas habilidades não acabam sendo podadas, mesmo sem querer, pelas lideranças? 

Investir em modelos horizontais de gestão ajuda a dar mais liberdade para que os colaboradores e demais profissionais aproveitem e descubram novas competências, estimulando seu crescimento e talento. Isso permite com que eles também explorem outras oportunidades, fortalecendo sua carreira e moldando-a para ser a mais satisfatória o possível.   

Além de ser algo positivo para os trabalhadores, aumentando a sua motivação, isso permite com que a organização tenha funcionários mais produtivos e com qualidade em seu serviço. 

A colaboração é fundamental em um modelo de liderança compartilhada. Não dá para deixar tudo nas mãos de apenas um dos funcionários ou a equipe ter dificuldades constantes de convívio: é preciso que o time aprenda a agir em sintonia, combinando seus esforços, ideias e habilidades para se alcançar os objetivos — além de ter disposição para superar os conflitos e pontos negativos de cada um. 

Assim, os colaboradores terão que se desenvolver juntos para construir uma dinâmica que seja positiva para a equipe, aprendendo a respeitar uns aos outros e a trabalhar em sinergia.

Estruturas muito rígidas de comando podem gerar um ambiente de trabalho carregado, com os funcionários tendo receio de seus líderes e de não corresponderem às suas expectativas. Esse peso acaba gerando impactos negativos na produtividade e qualidade do serviço dos profissionais. 

Já um ambiente mais aberto e flexível pode contribuir para diminuir a tensão mesmo em organizações em que a natureza de seus negócios seja mais exigente. A troca e fortalecimento dos laços entre os colegas e as próprias lideranças traz uma grande diferença para o clima organizacional e, consequentemente, nos resultados do departamento. 

Dar mais espaço para os colaboradores brilharem é uma postura que também dá mais espaço para novas ideias na empresa. Em vez de seguir apenas as decisões e opiniões de um líder centralizador, abre-se a oportunidade para que os funcionários contribuam com os rumos da equipe, trazendo suas visões, vivências e criatividade para o departamento. 

Assim, a empresa pode investir em novos produtos e serviços, ou até em soluções para otimizar processos e melhorar diversas áreas do negócio. Tudo isso, somado, pode fortalecer a sua vantagem competitiva no mercado. 

A verdade é essa: muitas empresas perdem seus talentos por não terem líderes capacitados para lidar com essa posição e serem bons modelos aos seus liderados. Quantos profissionais qualificados e que tinham um ótimo desempenho não pediram demissão ou tiveram uma queda no rendimento sem um motivo aparente? 

Para se ter uma ideia: a consultoria de recrutamento Michael Page realizou uma pesquisa, divulgada em 2019 pelo G1, descobrindo que oito em cada dez profissionais de sua base de contatos pediram demissão por conta de seus chefes. Por isso, é fundamental que uma organização tenha uma atenção especial ao trabalho de suas lideranças e no seu relacionamento com a equipe para evitar essa “fuga de cérebros e mão de obra qualificada”.

Um turnover alto gera desperdícios produtivos, intelectuais e financeiros, além de influenciar negativamente no clima interno e no relacionamento dos colaboradores que ficaram. Ou seja, resulta em um impacto grande demais para ser ignorado. 

Mas, como em qualquer situação relacionada a uma empresa, nem tudo são flores: a liderança compartilhada exige cuidados e compromisso de todos os envolvidos para ter bons resultados e não mais problemas. 

Liberdade sem responsabilidade gera caos, não os resultados desejados para uma empresa: por isso, é fundamental saber comunicar e treinar os funcionários para terem as competências certas para aproveitarem o melhor desse modelo. Habilidades como criatividade, trabalho em equipe, diálogo, comprometimento, organização, entre outras, são imprescindíveis nessa dinâmica.  

E, assim como tudo envolvendo a gestão de pessoas, a liderança tem um papel fundamental nessa mudança. Os líderes também devem ser treinados constantemente para despertar o potencial de seus funcionários e permitir com que seu talento brilhe. 

Confira 6 Dicas para desenvolver um programa de liderança eficiente e fortaleça sua equipe!