Metodologia de projeto: o que é, tipos e como aplicar?

Para desenvolver um projeto promissor, a empresa precisa adotar uma metodologia, pois é ela a responsável por trazer clareza para o processo.

Metodologia de projeto é todo processo de planejamento adotado para a criação de uma ideia, um produto ou um serviço. Para identificar qual metodologia mais se adequa ao abrigo, a equipe responsável coleta informações do projeto e analisa as alternativas de metodologia disponíveis no mercado.

Não existe uma parte na gestão de um projeto que não seja desafiadora, mas a etapa de escolha da metodologia é uma das que mais se destacam. Isso porque há diversos modelos, cada um com a sua particularidade e forma de ser aplicado.

Por haver tantas opções no mercado, é importante que a organização entenda as singularidades de cada uma para escolher a metodologia que melhor se enquadra às necessidades dela.

Com este artigo, você vai entender melhor o que é metodologia de projeto, por que ela é necessária e ainda obterá dicas para estruturar a ferramenta na sua empresa.

Metodologia de projeto é o nome que se dá para o planejamento e execução de uma ideia. Na criação de um projeto, o responsável precisa se preocupar com várias questões: o cumprimento das atividades relacionadas ao projeto, o tempo investido e os materiais e ferramentas que serão adotadas para a concepção de um serviço, produto ou método para a conquista de maiores resultados.

Ao adotar uma metodologia de projeto, a empresa passa a usar novos métodos, estudar melhores indicadores de desempenho e a criar metas de resultados. O que torna toda atividade mais alinhada com as expectativas do cliente, integra as equipes e acelera as entregas, gerando maior eficácia.

Essa metodologia é relevante para qualquer empresa, mas se faz ainda mais necessária às organizações que executam projetos complexos ou possuem vários projetos simultâneos, algo bem comum em grandes corporações.

A metodologia de projeto visa planejar e executar projetos para alcançar objetivos específicos de forma eficiente. Dentro da empresa, ela possibilita que garantir que os projetos sejam concluídos dentro do plano, prazo e do orçamento estabelecido, além também de atender os requisitos e expectativas do cliente e até mesmo fidelidade do mesmo, administrando melhor suas metas.

Ainda é fundamental para ajudar a identificar riscos e ajudar a impedir erros e obstáculos, ajudando no desenvolvimento de melhores estratégias. 

Adotando a metodologia de projeto na empresa, ela pode melhorar a qualidade de produtos e serviços, reduzir custos, aumentar a eficiência e satisfação, não só dos clientes que são o alvo principal, mas de toda a equipe que trabalha com essa abordagem. Levando até ao aumento de lucratividade e reputação positiva de avaliações no mercado pelo excelente desempenho.

São várias metodologias de um projeto, mas é possível separar essas metodologias em três categorias gerais distintas: tradicional, ágil e híbrida.

Tradicional, clássica ou preditivas, esses são nomes dados para as metodologias que priorizam o controle e o planejamento de um projeto. Neste contexto, as etapas são mapeadas e estruturadas previamente.

Questões como custos, prazos, riscos e entregas são delimitadas de forma detalhada, se possível com tempo espaçado entre a idealização e a implementação do projeto. Além disso, existe um objetivo pontual a ser atingido a longo prazo, objetivo este que requer métodos específicos a fim de garantir que todo planejamento saia do papel da melhor forma possível.

As metodologias tradicionais geralmente são conhecidas pelo:

O conceito de metodologia ágil ficou bastante conhecido nos últimos anos, por ser um modelo mais flexível que se adequá a necessidade e realidade de empresas não tão tradicionais, como startups. 

Também conhecida como adaptativa, essa metodologia foca mais no valor da entrega do que no planejamento em si. Portanto, é uma metodologia que dispõe de uma visão mais ampla do projeto.

Esse tipo de metodologia surgiu e inicialmente foi implementado em projetos da área de desenvolvimento de softwares, mas com as mudanças do mundo e do contexto empresarial, viu-se nela potencial para ser implementada em outros contextos. Foi então que ela passou a ser utilizada em outras situações.

Nessa perspectiva, o projeto é estruturado ao longo de sua execução, e as adaptações são realizadas de acordo com as necessidades que vão surgindo com o tempo.  Em vista disso, os objetivos são estipulados em ciclos, de 2 a 6 semanas. Assim, as entregas são mais rápidas e pontuais.

As características de destaques da metodologia ágil são:

Metodologias denominadas híbridas, como o nome indica, são compostas pelos conceitos tradicionais e ágeis. Neste caso, a empresa escolhe as melhores práticas para alcançar suas metas e objetivos atuais, tornando o processo personalizado.

Neste caso, é possível adotar metodologias ágeis na gestão dos projetos, por exemplo, mas utilizar um escopo detalhado na hora de obter a aprovação do cliente.

Agora que conhece os três diferentes tipos de metodologias, é hora de conhecer algumas metodologias existentes para gerenciar um projeto.

Confira, a seguir, quais as metodologias de projeto mais  utilizadas no âmbito corporativo.

A metodologia Cascata é conhecida por ser sistemática e detalhada, muitos, inclusive, a confundem com a categoria tradicional.

Geralmente, esse modelo é utilizado quando se deseja mapear todos os detalhes de um projeto, como requisitos, prazos e recursos, já que nele todos esses aspectos são bem definidos.

Assim como as demais metodologias tradicionais, esta é realizada no início de um projeto, logo, todas as etapas são aprovadas em uma única vez.

Scrum é uma metodologia ágil bastante difundida nos dias atuais, talvez a mais conhecida deste tipo. A princípio ela foi criada para ser usada em empresas de software. 

Neste contexto, a execução de projetos é divida em sprints, que nada mais são que pequenos ciclos de trabalho que promovem entregas nas quais somadas levam ao produto final.

Mas nos dias de hoje é muito comum ver a metodologia Scrum ser utilizada em diferentes contextos nada relacionados à área de software.

Project Evaluation Review Technique, em português, significa Técnica de Revisão de Avaliação de Projetos. A metodologia é adotada por empresas que desejam utilizar uma técnica de revisão para avaliar o tempo de cada tarefa de um projeto.

A ideia é diminuir o máximo possível o tempo gasto em cada etapa e, assim, melhor controlar o prazo e o orçamento de um projeto.

No campo da metodologia de gestão de projetos há duas classes principais: as metodologias tradicionais (mais antigas) e as ágeis (mais modernas e voltadas para as necessidades atuais).

Apesar disso, não há uma fórmula específica para a criação e aplicação da metodologia de um projeto. A empresa precisa analisar quais as necessidades dela e de seus colaboradores, além de avaliar as particularidades do projeto que será executado (complexidade, riscos e etapas necessárias). Ou seja, é importante pensar em estratégias e analisar se elas são adequadas para o contexto.

Por exemplo:

Depois disso, é preciso definir qual dos modelos de metodologia de projetos se adequa melhor, levando em consideração os objetivos do projeto em questão. Vem conferir alguns dos modelos mais adotados pelas empresas.

Scrum é uma metodologia ágil e está entre as mais conhecidas dos últimos tempos. Desenvolvida originalmente por uma empresa de software, ela divide a criação e gestão de um projeto em pequenos ciclos de trabalho, chamados de sprints.

Que funciona bem com reuniões diárias formadas pela equipe para discutir e sincronizar as tarefas, impedindo que todo e qualquer problema e erro possa afetar o progresso do projeto. Esses ciclos geram pequenas entregas que quando somadas levam ao produto final com maior resultado de sucesso e controle das atividades que os funcionários precisam desempenhar para a conclusão.

Essa metodologia também possui o scrum master, um sujeito especialista em gestão ágil que fica responsável por facilitar a realização do projeto removendo obstáculos a fim de ajudar a equipe de desenvolvimento (development team) com as ferramentas e conhecimentos necessários.

É uma ferramenta que pode ser personalizada para atender às necessidades específicas de cada projeto, sendo utilizada em empresas de software e tecnologia, mas nada impede que seja aplicado em projetos que exijam entrega contínua de valor e mudanças adaptáveis ao longo do tempo.

A metodologia PERT é bastante conhecida como Técnica de Revisão de Avaliação de Projetos, e geralmente é adotada pelas empresas que precisam estabelecer um tempo específico para suas atividades.

Essa técnica utiliza três estimativas de tempo para cada atividade:

Esse cálculo é feito com base nas estimativas de tempo para cada atividade, o crítico é usado para identificar as atividades com mais importância de sucesso, então ele calcula o tempo mais cedo possível para conclusão e o tempo mais longo.

Essa técnica também inclui uma análise de risco para as atividades críticas, que envolvem uma avaliação das incertezas (contratempos) em torno das estimativas de tempo, identificando qual possui maior probabilidade de atraso.

Isso torna o caminho a ser percorrido, seja ele curto ou longo, ao menos mais claro de se enxergar e se alcançar o objetivo e obter sucesso.

Criado no final dos anos 90, o Extreme Programming é outra metodologia disponível para aplicar em projetos. Ela se concentra em fornecer software de alta qualidade de maneira rápida e eficiente.

Programação em par: Dois programadores trabalham juntos em um único computador para escrever o código, ajudando um ao outro a encontrar erros e melhorar a qualidade do código.

Testes automatizados: A criação de testes automatizados é fundamental no XP. Os testes são criados antes do código e são executados automaticamente sempre que há mudanças no código.

Design simples: O XP preza pela simplicidade no design do software, evitando a criação de recursos desnecessários que podem aumentar a complexidade do código.

Integração contínua: Os desenvolvedores integram suas alterações no código em um repositório compartilhado várias vezes ao dia, o que ajuda a evitar conflitos e problemas de integração no final do projeto.

Feedback rápido: O XP promove um ciclo rápido de feedback entre os desenvolvedores, clientes e usuários finais. Isso ajuda a garantir que as necessidades do cliente sejam atendidas e que o produto final atenda às expectativas.

Ele também é muito voltado para a comunicação entre todos os membros da equipe, garantindo que tudo esteja alinhado até mesmo se surgirem mudanças pelo caminho. Também facilita a tomar uma decisão rápida.

O Kanban surgiu dentro do Sistema Toyota, mais precisamente voltado na produção, justamente porque eles precisavam mostrar de forma mais visual as conclusões dos processos produtivos e evidenciando as novas demandas de trabalho.

Por ter essa abordagem mais visual, o Kanban que se expandiu para outros segmentos empresariais e hoje é uma metodologia de projeto que busca ressaltar as informações que são imprescindíveis, separando as atividades em três categorias: as que devem ser feitas, as que estão em andamento e as que já foram realizadas.

Todo esse processo é feito com cartões de cores variadas para facilitar a visualização de cada etapa e aumentar a efetividade da equipe. Atualmente, existem versões on-line, mas é possível recorrer ao tradicional, adotando blocos de notas e canetas para criá-lo.

Algumas das opções on-line que utilizam organização kanban são:

A Waterfall é uma metodologia tradicional, mas que pode ser adotada por qualquer empresa. Nesse contexto, o trabalho é realizado de forma sequencial, envolvendo as etapas de:

Por ser sequencial, as etapas dessa metodologia são dependentes, ou seja, a etapa 2 só pode ser realizada quando a etapa 1 estiver totalmente acabada.

Então, apesar de poder ser adotada por qualquer corporação, as empresas que possuem atividades muito voláteis, terão mais sucesso ao adotar outra metodologia.

Outra alternativa de metodologia de projeto, o Project Model Canvas é uma das opções mais simples disponíveis. Apesar disso, a ferramenta traz muita clareza e se torna mais efetiva do que inicialmente aparenta.

Por ser uma ferramenta flexível que pode ser adaptada para diferentes tipos de projetos e equipes, ele permite que os gerentes de projeto e suas equipes trabalhem juntos para definir e alinhar as expectativas, definir um plano de ação claro e monitorar o progresso do projeto ao longo do tempo.

Essa modalidade se baseia em algumas perguntas básicas:

A partir desses questionamentos, a empresa consegue definir recursos, prazos, prioridades, atividades e os responsáveis pelo projeto.

Antes de adotar uma ou mais metodologias em uma empresa, é necessário seguir alguns critérios nos quais podem facilitar a implementação.

O primeiro passo é definir qual ou quais métodos serão adotados. Isso inclui padronizar os processos e as tarefas de acordo com a decisão tomada.

Essa padronização deve levar em consideração um critério, pode ser pela semelhança, atividades ou áreas, assim se torna mais fácil separar o projeto em etapas, categorias, ou qualquer outros tipo de segmentação.

Para dar sequência a implementação da metodologia, o próximo passo deve ser definir o modelo e padrões. Para isso, é importante entender as necessidades de cada equipe, setor ou área do projeto. Com isso, você estará adequando a metodologia às necessidades do escopo de trabalho.

Para que qualquer metodologia seja aplicada da forma correta, é necessário dispor de uma equipe preparada. Portanto, treinar os colaboradores é uma etapa determinante para o sucesso de tudo.

Um projeto envolve uma série de atividades, escopos, áreas e profissionais. E tudo isso, de alguma forma, está conectado e dependente entre si.

É um grande desafio fazer tudo funcionar de acordo com o planejado. Conhecer a importância de cada passo e como ele se enquadra em cada cenário, é essencial para que isso aconteça e erros sejam evitados.

Um erro comum entre as empresas é achar que esta etapa não seja necessária. Documentar ou mapear as atividades, como custos e resultados, é a forma de ter uma visão geral do projeto, e de identificar onde estão os erros e acertos.

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