Muitos fatores influenciam o desempenho dos profissionais e nem sempre eles estão ligados a situações externas: motivação; expectativas; frustrações; dificuldade de relacionamento e tantas outros itens são elementos que partem do subjetivo dos funcionários/lideranças e tem um grande papel na qualidade e quantidade de trabalho realizado. Neste sentido é importante saber como suas mentes funcionam e como enxergam o mundo, em outras palavras, entender o seu modelo mental.
Descubra nesse artigo o que é o modelo mental e como este conceito - relacionando-o à liderança - influencia o desempenho das empresas.
O que é o Modelo Mental?
Em um primeiro momento este conceito pode parecer estranho e até mesmo abstrato demais, mas ele tem um grande poder em nossa realidade concreta. O modelo mental de uma pessoa é
a forma como ela enxerga o mundo e tudo que está externo a ela - os acontecimentos, a família, os colegas de trabalho, os seus liderados… Essa ideia engloba
tudo que o indivíduo vê, pensa, sente e age diante das situações da vida.
Cada pessoa tem o seu modelo mental, formado por suas experiências de vida, e que influencia a maneira com que lida com os outros e com os acontecimentos. Não existe um certo ou errado nesta história: cada um de nós tem uma compreensão específica a respeito do mundo, construída a base de muitas influências.
Existem 4 fontes que ajudam a formar o modelo mental de alguém:
1- Sistema Nervoso: mesmo as nossas características fisiológicas podem moldar a maneira com que enxergamos a realidade a nossa volta, inclusive impedindo determinadas percepções. Uma pessoa com autismo, por exemplo, tem uma visão de mundo diferente da de quem não tem esta condição.
2- Linguagem: a comunicação é tão importante na nossa sociedade que é difícil imaginar como estaríamos se, de alguma forma, não pudéssemos mais trocar informações uns com os outros. A linguagem ajuda a descrevermos objetos, pensamentos, sentimentos e outros elementos, fundamentais para os relacionamentos humanos.
3- Cultura: as experiências sociais e com diversas instituições - família, país, religião, profissões, empresas - moldam a maneira com que interpretamos o mundo. Este filtro é considerado por muitos autores como um modelo mental coletivo.
4- História Pessoal: vários fatores individuais marcam a nossa percepção de vida, como gênero, etnia, nacionalidade, escolaridade, formação familiar e experiência profissional, por exemplo.
Todas essas fontes são como peças que vão montando o quebra-cabeças que formam os indivíduos. Nem sempre as pessoas têm noção de como esses fatores moldam sua percepção de vida e até mesmo as suas ações, tanto no sentido pessoal como profissional.
O Modelo Mental nas empresas
Assim como foi dito, o modelo mental de uma pessoa influencia sua visão de mundo, seus sentimentos e ações. Consequentemente, seu trabalho também é impactado por esta percepção subjetiva.
Uma pessoa criada em uma cultura altamente competitiva pode ter dificuldades em
trabalhar em equipe. Alguém que tem mais inclinação ao planejamento e organização não terá facilidade para resolver problemas inesperados. Um profissional com um raciocínio mais analítico possivelmente irá travar ao lidar com questões mais sociais e subjetivas.
Percebe como essas pequenas situações podem afetar as tarefas, relacionamentos e até a produção da empresa? Lembre-se que cada colaborador possui o seu próprio modelo mental, que nem sempre é alinhado ao de seu colega - o que pode ajudar na inovação e criatividade, mas nem tanto no convívio diário e na solução de problemas.
Outro ponto interessante de se lembrar é que esta questão também é uma via de mão dupla: o trabalho é influenciado e influencia o modelo mental dos seus profissionais. Por isso é importante observar
como o ambiente - cultura, clima interno, relacionamentos - está moldando os colaboradores e se há questões que precisam ser mudadas nesta dinâmica.
E, claro, o líder tem um papel de destaque nesse quebra-cabeças.
Modelo Mental e Liderança
A maneira com que um líder enxerga a sua realidade acaba tendo impactos na empresa que ele atua: este profissional pode identificar oportunidades que passariam despercebidas, espaços inabitados no mercado e adotar posturas inovadoras. Desta forma, essa visão pode trazer diversos impactos positivos à organização.
Mas o contrário também ocorre: um líder que valoriza demais a competição pode acabar prejudicando um profissional altamente qualificado, porém que não sabe lidar com a pressão. Este colaborador possivelmente irá se desmotivar e, pior,
sair da empresa, levando consigo sua expertise, conhecimento e habilidades.
O líder influencia as pessoas, isto é fato. Esta figura faz a ligação entre a organização e os colaboradores, ajudando a orientar, motivar e a extrair o seu melhor de sua equipe para que contribuam ao todo. O modelo mental desse profissional pode impactar essa relação - seja para aproximar ou afastar seus liderados. Por isso o gestor precisa ter um bom senso de autoconhecimento e entender bem o perfil de seus funcionários, sabendo lidar com eles de forma positiva e não acabar sendo o fator principal de pedidos de demissão na empresa.
Para isso é fundamental
investir em treinamento e desenvolvimento dos líderes da empresa, ajudando-os a identificar seus pontos fortes e fracos para saber trabalhá-los e ser o melhor gestor possível aos seus liderados. O líder precisa ter qualidades como empatia, para se relacionar bem com as diversidades dentro da empresa, ser adaptável, para lidar com os modelos mentais de seus funcionários, e conseguir motivar e extrair o melhor de sua equipe.
Nenhuma dessas atribuições é fácil. Pelo contrário. Por isso é fundamental apostar em metodologias de treinamento e desenvolvimento que sejam verdadeiramente efetivas.
A
gamificação, por exemplo, é uma estratégia que traz resultados concretos, ao mesmo tempo que torna essa atividade obrigatória uma ação mais lúdica e engajadora. Esse método alia elementos de jogos - como storytelling, pontuação e recompensas - para motivar os participantes a realizarem determinadas ações.
Essa inovação vem sendo usada em áreas como saúde, política e segurança. Nas empresas, a gamificação costuma ser adotada em processos como treinamento corporativo, recrutamento, onboarding de novos funcionários, comunicação interna e até nas tarefas cotidianas.
Assim, a gamificação pode ser implementada para lidar com públicos de diferentes idades e modelos mentais, ajudando líderes e colaboradores a terem um melhor desempenho e trazerem mais resultados para a empresa.
Quer saber mais sobre essa estratégia?
Converse conosco e conheça os benefícios de se adotar a
gamificação nas empresas!