Tanto líderes como os demais colaboradores podem atuar como multiplicadores internos
Multiplicadores internos são profissionais contratados na empresa que, além de cumprirem suas funções, ajudam na gestão do conhecimento da organização. Eles compartilham o que sabem e trabalham como mentores, com objetivo de acelerar o processo de treinamento e desenvolvimento dos demais funcionários.
O que você vai ver neste artigo:
Investir em treinamentos é uma estratégia fundamental para uma empresa ter um bom desempenho. Melhor ainda é quando os funcionários se engajam tanto no processo ao ponto de repassar os conhecimentos adquiridos aos seus colegas.
Quando isso acontece, a organização estimula a presença de multiplicadores internos: agentes importantes para a gestão do conhecimento e continuidade das boas práticas dentro da companhia.
Mas, o que são esses multiplicadores internos e por que sua empresa deve investir neles? Descubra as respostas nesse artigo, e melhore o desempenho da sua organização ao apostar na educação corporativa!
O que são os Multiplicadores Internos?
Em linhas gerais, os multiplicadores internos são os funcionários da empresa que ensinam práticas e técnicas aos seus colegas, disseminando conhecimentos importantes entre as equipes. Esses atores colaboram com a transmissão de informações que tem o potencial de aprimorar o trabalho de todos, beneficiando tanto os profissionais como a organização.
Investir na educação dos colaboradores é uma das melhores formas de aumentar o desempenho da empresa, tornando sua equipe mais qualificada tecnicamente e com competências subjetivas importantes para realizar sua função com maior eficiência. Essa estratégia permite com que a organização tenha melhores resultados e possa alcançar um lugar de destaque no mercado.
Por isso é fundamental o investimento em estratégias como treinamento corporativo e ações de desenvolvimento de pessoas, cuidando do seu público interno para que a empresa ganhe como um todo.
Nesse sentido, ao participar das ações, é natural que um colaborador acabe ensinando o seu colega algo que aprendeu no treinamento e até mesmo em outras experiências na sua vida, que não tenham sido promovidas diretamente pela empresa. Assim, esse funcionário ajuda a aumentar a circulação de conhecimento na equipe e organização, enriquecendo o aprendizado e o capital intelectual da companhia.
Aproveitar esse comportamento natural para estimular a presença de multiplicadores internos é uma excelente estratégia para as organizações, que irão fortalecer os relacionamentos internos, a gestão de conhecimento e qualidade do trabalho desenvolvido na empresa.
Vantagens em formar multiplicadores internos
Os multiplicadores internos impactam em diferentes vantagens, entre as principais estão: a redução de custos, a qualificação de colaboradores, melhora no senso de coletividade, mais engajamento e descentralização do conhecimento. Logo abaixo você confere a respeito de cada um.
Redução de custos
É normal que empresas terceirizem seus programas de treinamentos e desenvolvimento, pois é uma responsabilidade que requer muito tempo. Essa tarefa exige levantar as necessidades de treinamento, preparar material, procurar por um profissional especialista e outras atividades.
Visto que multiplicadores internos são colaboradores que ajudam a realizar a gestão do conhecimento na organização, formar esses profissionais é uma maneira de valorizar os melhores funcionários e, ainda, de reduzir os custos com treinamentos.
Sua empresa pode investir em cursos, palestras, seminários e congressos para alguns colaboradores-chave e incumbí-los de compartilhar esses conhecimentos com os demais. Em outras palavras, eles seriam uma espécie de mentores dos colegas e ajudariam a acelerar o processo de treinamento e desenvolvimento das pessoas.
Colaboradores mais qualificados
Os multiplicadores internos contribuem na criação de treinamentos de fato necessários, que vão melhorar e facilitar as atividades diárias dos profissionais, que vão prepará-los para pensar em soluções criativas e tomar melhores decisões. Por ser uma capacitação voltada para as necessidades reais dos profissionais, a tendência é gerar maior conhecimento.
A experiência pessoal do multiplicador também pode agregar na qualificação destes profissionais. Erros cometidos no passado, ou mesmo dicas práticas que venham facilitar a rotina do colaborador.
Aumenta o senso de coletividade
Investir no desenvolvimento de grupos de multiplicadores influência na criação de uma cultura de colaboração e cooperação. Por serem profissionais que geralmente estão presentes ali no dia a dia, os colaboradores se sentem mais à vontade para reconhecer suas limitações e pedir ajuda quando preciso.
E como todo profissional tem algo a aprender e a ensinar, então incentivar a interação e o estreitamento de laços, é uma maneira de terceirizar essa prática que antes ficava sob responsabilidade dos líderes e, ainda, melhorar a comunicação e o clima organizacional.
Maior engajamento da equipe
Os multiplicadores internos têm a capacidade de engajar e motivar os demais colaboradores. Isso acontece porque eles entregam algo muito precioso: conhecimento, capaz de empoderar as pessoas.
Esse sentimento pode impulsionar a criatividade na resolução de problemas, na criação de produtos e serviços, e potencializar a inteligência competitiva.
Conhecimento descentralizado
É comum no ambiente corporativo dispor de profissionais-chave, isto é, que dominam determinado conhecimento, ferramenta relevante para a instituição ou alguma habilidade também essencial. Nesse caso, a empresa fica dependente de um funcionário que pode pedir desligamento, se afastar, faltar, o que pode afetar de forma negativa a empresa.
Agora, quando a empresa decide apostar em multiplicadores internos, as chances de informações valiosas se perderem são inferiores, pois mais profissionais terão acesso aos mesmos conhecimentos.
Porque valorizar os Multiplicadores Internos
Estimular a presença de multiplicadores internos é uma estratégia bastante vantajosa para as empresas por diversos motivos.
Primeiro, é uma forma de melhorar a gestão do conhecimento, fazendo informações importantes para o trabalho circularem entre os colegas. Um colaborador que tenha feito um curso extra fora da organização pode acabar repassando boas práticas da função, novidades e outros conteúdos ou posturas que vão aprimorar o serviço, consequentemente impactando os resultados do negócio.
Nesse sentido, caso este colaborador acabe saindo da empresa, esses conhecimentos não irão embora com ele: sim farão parte da organização e serão usados por seus colegas para tornar seu trabalho mais produtivo e eficiente.
Essa troca de experiências entre os funcionários irá melhorar a qualidade do serviço, disseminando conhecimentos técnicos ou até práticos na equipe e, assim, aprimorando as competências dos colaboradores da empresa. Tudo isso sem precisar investir recursos extras nessa capacitação.
Além disso, a própria experiência de ensino pode fortalecer o conhecimento profissional. Diversas teorias, como a Pirâmide de Aprendizagem, consideram que as pessoas retêm melhor as informações quando têm uma postura mais ativa no processo de aprendizado, incluindo transmitindo-as a outros. Assim, quem ensina acaba aprendendo ainda mais.
Essa dinâmica de troca de conhecimentos pode também ajudar a melhorar o senso de inovação na equipe e também contribuir com o engajamento profissional, estreitando os relacionamentos internos e o laço com a própria empresa. Desta forma, os funcionários se sentirão parte da organização, dedicando-se mais ao trabalho e usando sua criatividade para melhorar o desempenho de todos.
No fim das contas, incentivar a presença de multiplicadores internos é uma boa ideia para aumentar o capital intelectual da empresa, capacitando, engajando e motivando os colaboradores.
Quando investir nos multiplicadores internos?
Você deve investir nos multiplicadores internos quando quiser:
- Aumentar o conhecimento técnico do seus colaboradores;
- Reconhecer seus funcionários e disseminar conhecimento tático;
- Melhorar a gestão e qualidade dos serviços;
- Diminuir custos e, mesmo assim, gerar mais conhecimento;
- Implementar a cultura de educação continuada;
- Gerar melhor integração entre o público interno;
- Criar uma cultura de compartilhamento e coletividade.
Como estimular os Multiplicadores Internos?
Apesar de ser uma postura até natural, as empresas podem e devem estimular que os colaboradores troquem conhecimentos e assumam esse papel de multiplicadores internos.
Cultura de colaboração
Primeiro, é preciso desenvolver uma cultura organizacional que estimule a troca de ideias e a colaboração entre os funcionários.
Imagine uma equipe onde todo mundo apenas se importa com o próprio trabalho, sem ligar se seus colegas estão fazendo suas funções da forma mais adequada ou cometendo uma série de equívocos: possivelmente ninguém vai levantar um dedo para ajudar o próximo — não sem ter algum incentivo.
A cultura tem um papel importante em guiar o comportamento dos funcionários da empresa, e desenvolver uma postura de colaboratividade, ainda mais com o bom exemplo das lideranças, será um bom começo para estimular que os funcionários tenham um relacionamento mais saudável com os colegas.
Invista em treinamentos
Outro ponto fundamental para a presença dos multiplicadores internos é que o conhecimento e senso de aprimoramento sejam vistos como importantes pela empresa.
Uma forma concreta de fazer isso é investindo em treinamentos corporativos e ações de desenvolvimento de pessoas, capacitando tecnicamente seus colaboradores e despertando neles habilidades subjetivas essenciais para sua função.
Essas estratégias serão ainda mais efetivas ao utilizar metodologias inovadoras de treinamento, que tornarão a experiência agradável e interativa, fugindo da monotonia de sala de aula tradicional.
Assim, seus colaboradores irão obter conhecimentos importantes que poderão ser disseminados ou reforçados ao lidar com seus colegas, tornando-os assim multiplicadores internos.
Melhore o engajamento
Assim como o conhecimento é fundamental para essa dinâmica, o engajamento é uma peça importante para o surgimento dos multiplicadores internos. Vimos no primeiro item que a cultura de colaboração incentiva os funcionários a se ajudarem: se eles não ligarem para a empresa, dificilmente irão ter uma postura proativa que irá beneficiá-la.
Despertar o engajamento significa fazer o colaborador se sentir parte da organização, estreitando os laços de confiança e afetividade entre ele e o grupo. Essa sensação faz com que o funcionário vista a camisa e aja como se o sucesso da empresa fosse o seu próprio.
Promover ações diversas
Todas essas estratégias irão ajudar seus colaboradores a terem uma postura mais próxima a de um multiplicador interno, mesmo que informalmente. Mas a empresa pode fazer mais: é possível montar ações concretas para estimular a participação dos funcionários nessa dinâmica.
Uma delas é designar as equipes ou até determinados funcionários para montar pequenas palestras com o objetivo de ensinar os seus colegas a respeito de alguns temas — como um vendedor de destaque mostrando uma técnica eficiente de persuasão, um programador explicando as novas ferramentas de um software usado ou comercializado pela organização, entre outras ideias.
Assim, os colaboradores serão instigados a dividir o seu conhecimento e a se relacionar mais ativamente com a empresa e seus colegas.
Crie uma cultura de feedback
Cultura de feedback é a prática de proporcionar um ambiente corporativo aberto ao diálogo, onde conversar sobre a performance dos colaboradores é comum e apreciada por todos. Nela, o diálogo é construído com respeito, de forma individual e trata sobre as entregas, comportamentos, pontos de melhoria e pontos positivos.
É uma maneira de construir um ambiente saudável na empresa, onde todos têm voz e abertura para compartilhar suas vivências no ambiente de trabalho. Também é uma forma de gerar melhorias para a liderança, visto que o feedback se estende a esses profissionais.
Além dos funcionários júnior, pleno e sênior receberem dicas de melhorias, elogios e orientações, por exemplo, na cultura de feedback eles poderão opinar, dar ideias, ou tirar dúvidas com e sobre os gerentes, que também passarão por essa experiência.Quer saber como fomentar ainda mais essa troca de informações na sua empresa? Confira nosso artigo Unindo a gestão do conhecimento com a educação corporativa!
Em linhas gerais, os multiplicadores internos são os funcionários da empresa que ensinam práticas e técnicas aos seus colegas, disseminando conhecimentos importantes entre as equipes. Esses atores colaboram com a transmissão de informações que tem o potencial de aprimorar o trabalho de todos, beneficiando tanto os profissionais como a organização.
- Aumentar o conhecimento técnico do seus colaboradores;
- Reconhecer seus funcionários e disseminar conhecimento tático;
- Melhorar a gestão e qualidade dos serviços;
- Diminuir custos e, mesmo assim, gerar mais conhecimento;
- Implementar a cultura de educação continuada;
- Gerar melhor integração entre o público interno;
- Criar uma cultura de compartilhamento e coletividade.
Apesar de ser uma postura até natural, as empresas podem e devem estimular que os colaboradores troquem conhecimentos e assumam esse papel de multiplicadores internos.