Gamificação: o que é e quais os benefícios na aprendizagem?

A gamificação vai muito além de simples jogos. É a aplicação estratégica de mecanismos e lógicas de games em contextos que não são de entretenimento, como um treinamento corporativo, vendas e desenvolvimento de equipes. Seu principal objetivo? Gerar motivação, impulsionar o engajamento e otimizar resultados, transformando tarefas do dia a dia em desafios estimulantes.

Desenvolver novas formas de engajar os participantes em treinamentos ou atividades educacionais é sempre um desafio para qualquer empresa ou instituição de ensino. Como manter os funcionários interessados durante a dinâmica e trazer resultados concretos, mesmo com as obrigações e correrias cotidianas? Como reter a atenção de alunos de diferentes faixas etárias nas aulas e conteúdos educacionais? Muitas organizações tentam solucionar dilemas como esses por meio de plataformas tecnológicas, como os conhecidos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). É nesse cenário que a questão “o que é gamificação?” se torna mais que pertinente.

Do inglês gamification, essa metodologia inovadora tem como diferencial despertar um maior engajamento do público e facilitar a mensuração dos resultados da ação. Por esse motivo, esse método está cada vez mais presente em diversos processos de empresas e instituições de ensino, seja nos treinamentos corporativos e na fidelização dos colaboradores ou no fortalecimento da aprendizagem de estudantes — do ensino básico ao universitário. 

Quer saber mais sobre essa tendência de aprendizado e os benefícios de implementá-la na sua organização? Vamos explicar tudo neste artigo!

Basicamente, gamificação é uma forma de usar elementos comuns dos jogos em situações que não se restringem ao entretenimento. É utilizar a lógica e metodologias dos games para servir a outros propósitos, como tornar conteúdos complexos em materiais mais acessíveis, facilitando os processos de aprendizado — tudo isso de forma mais dinâmica do que outros métodos.

Nessa estratégia, você pode usar diversos elementos de jogos — como um sistema de pontuação e ranking, objetivos claros e recompensas por missões completas — para atrair e engajar pessoas, promover o aprendizado e motivar ações específicas do público-alvo.

A gamificação pode ser aplicada em diversos segmentos, como educação, saúde, causas sociais, treinamentos corporativos e marketing, alcançando públicos e objetivos variados. Em suma, ela é vista como uma opção mais atrativa para engajar a audiência, especialmente a mais jovem, em comparação com outras plataformas tecnológicas, como Ambientes Virtuais de Aprendizado e treinamentos online. Porém, utilizar o game não significa abandonar totalmente os outros métodos já utilizados e, sim, incorporar essa técnica para melhorar os resultados.

Há dois tipos de gamificação, a digital e a analógica. A gamificação digital utiliza-se de uma variedade de recursos tecnológicos para engajar as pessoas e proporcionar uma experiência inovadora e envolvente.

Essa abordagem busca não apenas criar dinâmicas envolventes, mas também garantir acessibilidade digital em diversas plataformas, incluindo celulares e outros dispositivos do cotidiano. 

Além disso, permite a incorporação de diversos recursos multimídia e abordagem, enriquecendo as atividades e atendendo a diferentes estilos de aprendizagem.

Já a gamificação analógica está relacionada aos jogos de tabuleiros, muito comuns antes da era tecnológica. Esses jogos eram e ainda são feitos de forma física, ou seja, não envolve a tecnologia.

Por meio da gamificação analógica, uma empresa pode desenvolver atividades dinâmicas para envolver colaboradores e clientes. Isso pode ser feito através de murais, cartas, tabuleiros ou ainda dinâmicas envolvendo os profissionais da organização.

A gamificação, ao aplicar elementos e mecânicas de jogos, pode motivar, envolver e educar em diversas áreas e setores. Veja alguns exemplos onde a gamificação tem sido aplicada com sucesso:

Fazendo um recorte para uma visão corporativa, sua popularidade está aumentando à medida que mais e mais empresas estão procurando maneiras de aumentar a produtividade e o engajamento dos funcionários. 

Com uma visão corporativa, a popularidade da gamificação cresce à medida que mais e mais empresas buscam maneiras de aumentar a produtividade e o engajamento dos funcionários. Mas o que é? Como funciona? É realmente eficaz? Estas são perguntas que empreendedores fazem e que temos respondido aqui. Abaixo, veja alguns dos principais exemplos de onde aplicar a gamificação no ambiente corporativo:

De acordo com a empresa de pesquisa Newzoo, temos aproximadamente 2.5 bilhões de pessoas que jogam ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que 66,3% das pessoas jogam independentemente do tipo de dispositivo e possuem idade média entre 25 e 34 anos, conforme dados da Pesquisa Game Brasil.

Outros estudos mostram que colaboradores se sentem mais motivados nas organizações quando há elementos de jogos em seus treinamentos, cerca de 83% responderam positivamente. Além disso, 89% se sentem mais produtivos quando seu trabalho está gamificado.

Estes números mostram que a gamificação no Brasil faz parte do cotidiano das pessoas e aplicar elementos de jogos em atividades que não são de entretenimento pode ajudar no engajamento e na motivação.

A gamificação utiliza elementos comuns dos jogos em circunstâncias que não são voltadas para o entretenimento, os principais recursos são:

Conhecida como a arte de contar histórias, o storytelling é uma prática que busca desenvolver histórias ou narrativas com objetivo de entreter, educar, preservar a cultura ou incutir valores morais. 

Na gamificação, esse recurso é usado principalmente para engajar o público-alvo e gerar interesse pelo conteúdo compartilhado. Assim, ele funciona como uma estratégia para chamar atenção e tornar a prática mais prazerosa e interessante.

Um avatar é a representação visual do personagem do jogador. Você pode personalizá-lo com uma foto, um desenho ou até mesmo algo mais sofisticado, como aqueles que vemos nos jogos eletrônicos complexos.

Esse elemento está diretamente relacionado ao recurso de storytelling  - comentado anteriormente -, pois o personagem criado precisa estar relacionado a ambientalização da história. Nesse cenário, o avatar é uma ferramenta que auxilia na imersão do participante na dinâmica ali proposta.

É o desafio que motiva os participantes a se esforçarem para alcançar a meta da atividade. Mas para que ele funcione, são trabalhados três recursos: desafio, conquistas e missões que geram interesse nos participantes para que se mantenham voluntária e ativamente na atividade.

Além disso, é crucial equilibrar o grau de dificuldade da atividade proposta. O participante precisa sentir que pode alcançar o que foi apresentado. Por outro lado, o desafio também não pode ser fácil demais, pois isso geraria desânimo e, consequentemente, a desistência.

A ideia é que na medida em que o participante vá progredindo, a atividade aumente o nível de dificuldade, para que estimule o interesse e o faça alcançar o objetivo definido estrategicamente no desenvolvimento da atividade.

Em jogos, nós damos a recompensa a cada resposta positiva do jogador. Este recurso, que estimula o interesse do participante, precisamos implementá-lo de forma estratégica para que ele cumpra seu papel.

Podemos usar diversas formas de recompensa: o avanço para a próxima etapa; moedas virtuais que o jogador pode trocar por itens; pontuação; uma barra de experiência que cresce a cada vitória; medalhas de honra; troféus; destaques; e até feedback construtivo, entre outros.

Como comentado anteriormente, os pontos são considerados um sistema de recompensa que evidenciam aos participantes seu progresso na dinâmica e aumenta sua motivação com as práticas.

Cada acerto gera determinada quantidade de pontos e conforme a dificuldade for aumentando, maior também pode ser a recompensa, assim o jogador se sente motivado a se desafiar cada vez mais e com isso cumprir a meta final da estratégia de gamificação.

Esse recurso também é usado para gerar um sentimento de competição entre os participantes, principalmente quando trabalhado junto o ranking, que você lerá sobre no próximo tópico.

Um sistema de ranking serve para identificar os melhores colocados na atividade, destacando aqueles que mais têm assimilado o conteúdo proposto. Ele serve para alimentar a competição e estimular interesse por parte dos participantes em se esforçar para alcançar melhores colocações.

As tabelas de classificação são uma maneira visual de mostrar quem está se destacando. Também conhecido como ranking, as tabelas de classificação fornecem uma maneira tangível de acompanhar o progresso e motivar os usuários a continuar. Também permite que os usuários comparem seu desempenho a outros, o que pode fornecer motivação para fazer melhor.

A estética é importante porque ajuda a criar uma experiência imersiva. Bons recursos visuais, áudio e animação podem tornar um jogo mais agradável e manter os jogadores ainda mais envolvidos.

Estes são alguns elementos da gamificação. Ao usar esses elementos, você pode criar um ambiente envolvente e motivador que ajudará seus usuários a alcançar seus objetivos. A gamificação pode ser usada em uma variedade de contextos diferentes, e pode ser uma ferramenta poderosa para envolver e motivar seus usuários.

A gamificação está se tornando um conceito cada vez mais popular no mundo da aprendizagem, permitindo que educadores criem uma experiência de aprendizado muito mais envolvente para seus alunos. Desde o uso de objetos físicos para simular um jogo até a incorporação de componentes digitais que acompanham o progresso e as conquistas, a gamificação tem o potencial de revolucionar a forma como aprendemos.

A ideia central é simples: ao adicionar elementos de jogo e competição ao ambiente de aprendizado, os alunos se tornam mais engajados e focados nas tarefas. Isso cria um ambiente que incentiva a exploração e permite que os alunos assumam riscos sem medo de falhar. Por sua vez, isso os ajuda a serem mais criativos e inovadores em sua educação.

Um dos principais elementos da gamificação bem-sucedida é o uso de recompensas. Quando os alunos recebem algo por suas conquistas, como prêmios tangíveis, reconhecimento verbal, ou recompensas virtuais (pontos, distintivos, placares), eles ficam mais motivados e interessados no material. Essas recompensas impulsionam os alunos a darem o melhor de si.

Outro aspecto crucial é o desafio. Ao introduzir um senso de desafio na experiência de aprendizagem, os alunos tendem a permanecer mais envolvidos e se esforçar mais para atingir seus objetivos. Os desafios podem ser simples, como quebra-cabeças ou questionários, ou mais complexos, como tarefas e simulações. Ao equilibrar desafio e recompensa, os educadores conseguem manter os alunos focados, evitando o tédio ou a complacência com o material.

Ao incorporar esses elementos de gamificação no processo de aprendizagem, os educadores podem criar um ambiente de aprendizagem envolvente e interativo que incentiva o envolvimento com o conteúdo, estimula a criatividade e promove o desenvolvimento do pensamento crítico. Além disso, ao fomentar um senso de competição saudável, os alunos ficam mais motivados a se destacar e a trabalhar mais para alcançar seus objetivos, tornando a experiência de aprendizagem mais gratificante e prazerosa para todos.

No mundo corporativo, a gamificação tem sido usada para motivar os funcionários a atingir metas, aprender novas habilidades e aumentar a produtividade. As empresas usaram a gamificação para recompensar os funcionários com pontos, crachás ou rankings de tabela de classificação quando atingem certos objetivos. Isso pode aumentar a lealdade e o engajamento dos funcionários com a empresa, além de ajudar a criar um senso de espírito de equipe.

A gamificação também tem sido usada para aumentar o engajamento dos funcionários de várias maneiras. As empresas usaram a gamificação para criar programas de treinamento interativos, incentivar a colaboração e o feedback e criar um ambiente de trabalho globalmente mais agradável.

Além disso, a gamificação tem sido usada para motivar os funcionários a entrar em contato com os clientes e fazer vendas. As empresas usaram tabelas de classificação e recompensas para incentivar os funcionários a entrar em contato com os clientes e converter novos clientes. Isso pode ajudar a aumentar a fidelidade e o engajamento do cliente, bem como aumentar as vendas gerais.

Em conclusão, a gamificação é uma ferramenta poderosa que tem sido usada no mundo corporativo para motivar os funcionários, aumentar o engajamento e a produtividade e criar um local de trabalho mais agradável. 

Resumidamente, as empresas usam essa metodologia para recompensar os funcionários, aumentar a colaboração e o feedback e criar programas de treinamento interativos. A gamificação também motiva os funcionários a entrar em contato com os clientes e a fazer vendas, além de aumentar a fidelidade e o engajamento do cliente.

A gamificação vem conquistando espaço em diversos lugares, como instituições de ensino e empresas. Seja em sua versão offline ou em plataformas, a adoção dessa metodologia nos negócios proporciona diversos benefícios, confira os principais.

Trabalhar com a gamificação com objetivo de promover o ensino aumenta a motivação dos colaboradores na empresa porque as estratégias desenvolvidas nesse tipo de recurso focam em criar conexão entre os participantes e a atividade proposta. Com isso, o colaborador deixa de ver a atividade como obrigatória.

Vemos os treinamentos como práticas para aperfeiçoar habilidades técnicas nos colaboradores. No entanto, quando se trata de competências comportamentais, as atividades de desenvolvimento buscam trabalhar esses aspectos.

Esses treinamentos subjetivos são sempre desafiantes para a empresa porque não há uma ação específica e certeira que vá desenvolvê-las, cada profissional responde de forma diferente ao processo. 

Mas como na gamificação o ambiente e toda proposta é personalizável para o público-alvo, as chances de atingir o objetivo de aperfeiçoar as soft skills dos colaboradores são maiores.

Há dois principais fatores que influenciam na produtividade do trabalho: a motivação e o reconhecimento e ambos estão relacionados. Isso acontece porque quando o funcionário é reconhecido, o sentimento gerado é automaticamente convertido em produtividade.

De acordo com cientistas, a motivação está conectada ao sentimento de propósito, ou seja, quando se tem uma meta definida, você se empenha para alcançá-la. A gamificação, de forma geral, usa esse tipo de motivação, pois toda estratégia consiste em alcançar um objetivo final.

A gamificação pode ser aplicada em diferentes áreas da empresa, seja na parte de recrutamento e seleção de novos profissionais ou na questão de treinamento e desenvolvimento. 

Em todas elas, a tecnologia otimiza os processos, pois gera relatórios, disponibiliza o acompanhamento do progresso dos profissionais participantes e até mesmo avalia os resultados gerados.

Podemos usar a gamificação como estratégia para atrair e fidelizar clientes através da experiência de marca, ampliando a funcionalidade do produto ou serviço que a empresa oferece.

Como é o caso da Nike que possui um aplicativo de gamificação com o monitoramento de atividades físicas que, com base nas informações coletadas, mostra o resultado e o desempenho do cliente.

O perfil do novo profissional é diferente do que se tinha anos atrás. Os profissionais de hoje são mais dinâmicos, engajados com o universo digital e apreciam jogos. Em contraste com isso, as tarefas empresariais e os processos relacionados a elas são desestimulantes, tornando o trabalho não atrativo.

A gamificação, portanto, entra como recurso para reduzir os índices de desmotivação e turnover da empresa porque insere nesse universo elementos que o perfil profissional de hoje está acostumado.

Além de engajar, a gamificação também pode gerar na sua empresa a participação ativa, o protagonismo, a troca de experiências, melhoria contínua, feedback constantes entre outros elementos que permitem com que os colaboradores se envolvam mais profundamente com os objetivos da empresa e passem a se importar com a cultura organizacional e o cumprimero dos regimes e normas.

A redução do estresse na equipe é uma consequência de todos os outros benefícios que a gamificação proporciona aos colaboradores: motivação, melhora na comunicação, processos mais otimizados, entre outros que você tem visto por aqui.

Mesmo que o foco da estratégia da gamificação criada não seja melhorar a comunicação interna, isso automaticamente acaba acontecendo, principalmente quando a plataforma utilizada possibilita a interação entre os usuários.

Um dos benefícios mais expressivos da gamificação é a melhora na relação de colaboradores com o treinamento e desenvolvimento empresarial. Pois através da gamificação é possível criar todo um universo diferente com a técnica de storytelling e ainda sim trabalhar temáticas do trabalho que geralmente não são contempladas em jogos.

É natural do ser humano esquecer os conhecimentos adquiridos, por isso é importante estar em contato constante com aquilo que foi aprendido. Uma das melhores formas é através da gamificação, porque ela não torna o conteúdo cansativo, enjoativo ou desmotivante. 

Pelo contrário, a pessoa que tem contato com esse tipo de recurso nem percebe que por trás de todo o lúdico está aprendendo ou reforçando uma aprendizagem.

Custos gerados pelo alto índice de turnover e por treinamentos físicos são uns dos mais significativos. E, como você tem visto por aqui, a gamificação, quando implementada de forma efetiva, afeta diretamente nessas duas questões.

Por tornar o ambiente mais agradável e dinâmico, os colaboradores se sentem satisfeitos com seus empregos e param de buscar outras oportunidades no mercado.

Nós diminuímos os custos com treinamentos, especialmente aqueles feitos em ambiente digital, pois não requerem a contratação de profissionais, aluguel de sala, custo com locomoção ou manutenção dos colaboradores nesse período.

As plataformas de gamificação fazem coletas de dados em cada interação que o usuário possui.

Um relatório gerado automaticamente compartilha com a empresa o progresso individual e coletivo. Assim, a empresa consegue observar quais temas ou questões os colaboradores assimilaram bem e quais ainda precisam de mais atenção.

Por disponibilizar um relatório completo sobre o progresso dos colaboradores, a empresa pode utilizar deste dados para melhorar futuras ações educativas, funcionando como uma estratégia para definir as próximas temáticas de treinamento e desenvolvimento profissional.

Confira alguns exemplos de empresas que procuram a Ludos Pro para criar soluções de gamificação.

Vivo é uma concessionária de telefonia brasileira que oferece serviços de telefonia fixa, móvel, internet banda larga e TV por assinatura. O principal canal de comunicação que a empresa possui com seus clientes é através do seu Call Center. Por isso, a empresa buscou soluções de gamificação para capacitar seus atendentes desta área.

Em 2016, o desafio era treinar seus funcionários sem precisar tirá-los do ambiente de trabalho. Nesse case participaram mais de 15 mil colaboradores e mais de 90% deles aderiram as práticas ensinadas através do storytelling criado especificamente para a necessidade da empresa. Como resultado, a Vivo obteve uma melhora significativa no atendimento e no desempenho geral da organização.

Sicredi é um sistema de cooperativa de crédito brasileira que atua desde 1902. Quando buscou pela solução da gamificação, ela tinha como necessidade padronizar a ferramenta de gestão de contas para utilizar em todas as cooperativas. Para isso, precisava de um processo de aprendizagem que engajasse e incentivasse os profissionais a utilizarem somente uma ferramenta.

Nesse case participaram cerca de 1200 participantes e 100% deles engajaram com a proposta. Desses, 91% deram feedback positivos para a solução levada para pela corporativa. No ano de 2019, a ideia foi expandida para outras áreas e atingiu mais 7.000 gerentes de contas que alcançaram uma média de performance de 95% em cada módulo.

A Coopesp é conhecida por ser o maior grupo nacional em ópticos e seu objetivo com o projeto de gamificação era ampliar e otimizar o treinamento dos profissionais do comercial (vendedores e gerentes).

Com técnicas de micro learning e elementos dos jogos, a Ludos Pro criou uma solução que tornou o conteúdo prático e interativo que melhorou o engajamento e interesse dos profissionais participantes. Foram mais de 1000 participantes e destes 85% engajaram com o conteúdo e mais 94% completaram todo o treinamento gamificado.

A gamificação nas empresas possibilita todos estes benefícios ao combinar elementos que despertem o interesse e motivação das pessoas para realizarem tarefas que trarão benefícios concretos para suas vidas, tanto pessoais como profissionais, e para as organizações.

Adotar essa metodologia nos negócios pode trazer diversos benefícios ao relacionamento dos colaboradores com a organização. O avanço da tecnologia fez com que as empresas tivessem que reinventar a forma como lidam com clientes, funcionários e parceiros. Essas mesmas ferramentas permitiram que novas oportunidades surgissem para engajar seus diferentes públicos, impulsionando seu faturamento e fortalecendo sua imagem no mercado. 

E uma das respostas para resoluções de problemas nas empresas é a gamificação, que pode ser implantada em diversos processos de uma empresa, trazendo uma série de vantagens:

Gamificar processos e treinamentos é uma ótima forma de aprimorar o processo de aprendizagem dos colaboradores, mantê-los engajados e produtivos dentro da empresa. Por ser dinâmico, a gamificação no RH pode analisar a qualquer momento os resultados e o desempenho dos funcionários, identificando quais ensinamentos devem ser reforçados e os que estão sendo bem assimilados.

Com um game personalizado, a empresa pode educar seus funcionários em diversos momentos, como na integração de novos colaboradores, na capacitação recorrente da equipe em questões operacionais ou comportamentais e até no estímulo ao crescimento na organização. Além disso, pelo sistema, o participante terá imediatamente o resultado de suas ações, trazendo, assim, um feedback em tempo real da sua performance e em quais temas ele precisa melhorar.

Ao utilizar o formato game nesse sentido, o processo de assimilação dos conteúdos será mais estimulante e fácil. Em vez da possibilidade do treinamento se tornar uma simples obrigação, o funcionário será encorajado a manter os estudos de forma ativa e voluntária.

No entanto, a aplicação da gamificação não se resume apenas aos treinamentos corporativos, mas também pode ser empregada nas tarefas cotidianas dos funcionários, estimulando ainda mais sua produtividade.

Esse método é uma forma mais atrativa de incentivar e manter o funcionário na dinâmica. A cada novo aprendizado ele é estimulado a passar para o próximo nível, aumentar sua pontuação ou subir no ranking de participantes e, assim, ir bem no “jogo”.

Nesse sentido, a gamificação também pode ser uma estratégia de relacionamento dentro da empresa, incentivando o contato com os outros colaboradores e setores. Todos esses pontos ajudam na motivação dos funcionários e, junto com outros fatores, auxiliam na retenção dos talentos e na diminuição do turnover — a temida rotatividade entre os empregados que prejudica tanto o funcionamento da organização.

Por meio de uma competição saudável proporcionada pelo game, os colaboradores despertam um sentimento de conquista a cada jogo vencido. O resultado? Uma equipe com mais entusiasmo e com objetivos semelhantes, que é um dos pontos fundamentais para garantir crescimento e consolidação da empresa. O time vai vestir a camisa da organização e lutar por uma mesma causa.

Por ser uma plataforma online que permite saber imediatamente o desempenho dos participantes, o gestor pode conhecer detalhadamente os resultados da ação com facilidade: os funcionários estão com dificuldades em que temas específicos ao longo do jogo? O game está realmente engajando o público? Como está seu progresso?

O gestor poderá analisar de perto essas e muitas questões e variáveis, o que trará respostas rápidas para avaliar o desempenho dos colaboradores e do próprio jogo em si. Isso ajudará no seu contínuo aprimoramento e na apresentação de resultados.

Trazer a lógica e elementos dos games para o cotidiano da empresa não é apenas realidade das grandes multinacionais ou das startups e negócios de tecnologia. Ela pode ser implementada nos mais variados casos — basta ter planejamento e auxílio profissional. Confira agora as etapas da gamificação para implementar essa tendência em seu negócio!

O primeiro passo para implementar um projeto de gamificação consistente e, claro, efetivo é realizar um diagnóstico do público interno. Ao considerar o perfil dos usuários que vão utilizar a plataforma, será possível conhecer melhor as limitações, comportamentos, referências, habilidades e expectativas do grupo.

Dessa forma, você conseguirá criar um jogo que seja realmente interessante para os participantes, com linguagem, etapas e funcionamentos adequados à sua realidade. Além do mais, realize pesquisas internas que englobam diversos aspectos, desde interação entre os colaboradores até a produtividade. Lembre-se de que quanto maior o número de informações embasadas, maior será a eficiência na elaboração do projeto.

Outro ponto importante para a implementação da gamificação é definir o objetivo da ação: o game será destinado para o treinamento de novos colaboradores? Para alavancar as vendas de um determinado produto ou serviço? Ou para um setor específico? Dessa forma, é mais fácil planejar seu funcionamento, quais informações deverão ser utilizadas e quais não serão relevantes, entre outras questões.

Para tirar de letra essa tarefa, pergunte-se: o que você pretende alcançar com tal projeto? A resposta, sem sombra de dúvidas, vai auxiliar no desenvolvimento de um projeto adequado, que solucione a questão encontrada na fase de diagnóstico.

Não basta apenas saber qual o objetivo da gamificação. É essencial também definir metas reais e, claro, tangíveis. Afinal, o intuito do projeto é aprimorar a organização como um todo. Nesse sentido, aposte em testes com um pequeno grupo do alto escalão administrativo, antes de liberar o game para toda a equipe. Assim, será possível tornar o jogo mais eficiente, corrigindo falhas iniciais.

Quem acha que a implementação da gamificação segue um bê-á-bá inflexível está enganado. Na verdade, é possível criar soluções que tornem o jogo mais interessante. Adotar um sistema de premiação, por exemplo, é uma alternativa atrativa para engajar os colaboradores e tornar o processo mais satisfatório. Essa é apenas uma possibilidade. Existe a opção do sistema de pontuação ou até de títulos. O importante aqui é despertar o melhor da equipe, estimulando uma competição saudável.

Na fase da implementação, é de extrema importância ter como aliado uma empresa confiável para a execução do trabalho. Escolha fornecedores de destaque e já consolidados no mercado. Assim, você garante o sucesso dos softwares e do processo em geral.

Por isso, antes de selecionar uma empresa, faça uma pesquisa. Veja, por exemplo, as redes sociais dos possíveis fornecedores e solicite referências. Além do mais, tente envolver toda a equipe na fase de implementação. Fazê-los com que sintam parte integrante da novidade vai tornar todo o processo mais fácil e prazeroso.

Pense bem: qual o sentido de adotar um projeto e não verificar quais são as suas consequências? É nesse cenário que surge a importância de mensurar os resultados. Certifique-se de que os games geraram as metas e objetivos traçados. Caso algo saia diferente do planejado, é preciso fazer os devidos reparos.

Fato é que a mensuração dos resultados é responsável pelo sucesso do projeto e também vai proporcionar o devido respaldo para tomar decisões futuras. Por isso, não pense duas vezes para solicitar o feedback dos colaboradores. Peça para que eles sejam sinceros e digam o que acharam do game, entendendo como eles se sentem em relação ao novo projeto.

Além de aplicar a gamificação nas várias áreas e ações da empresa, há outra estratégia que pode ser beneficiada com essa metodologia: o design thinking. 

Essa abordagem utiliza o senso de criatividade e inovação do design, mas com foco no usuário, oferecendo uma experiência mais engajadora a ele e que realmente contemple as suas necessidades. Nesse sentido, criamos um ambiente e processos colaborativos que incentivam insights, trocas e boas ideias para desenvolver produtos, serviços e projetos na empresa ou até mesmo em uma escola. Afinal, podemos ensinar essa metodologia como forma de resolver problemas diversos em diferentes contextos.

O design thinking costuma ser aplicado em 4 etapas:

1- Imersão

Faz-se um estudo aprofundado sobre a situação/público que aquele projeto deseja atingir, usando várias ferramentas e mecanismos para conhecer a realidade daquele contexto e todo cenário relacionado a ele — munindo-se de métodos como entrevistas, análise SWOT, pesquisas em geral, entre outros;

2- Ideação

Ao investigar o assunto em profundidade, já é possível identificar lacunas, falhas e os pontos positivos da situação — então é a hora de pensar em soluções. Esse é o momento de imaginar novos produtos, serviços e projetos que possam melhorar a vida do público-alvo, otimizar processos ou resolver problemas em geral. É possível desenvolver várias ideias ao mesmo tempo nessa etapa, analisando o contextos por vários prismas. 

3- Prototipação

Porém, antes de efetivar esse projeto, precisamos testá-lo em uma escala menor. Consideramos este passo fundamental para verificar qual solução se aproxima mais do objetivo final e quais pontos precisamos aprimorar para extrair o melhor projeto. Fazemos tudo isso com o menor investimento possível, evitando gastos desnecessários e imprevisíveis.

Após todos os testes e verificações, é o momento de desenvolver e implementar a ideia — produto, serviço, processo, resolução de problema — na prática. É importante continuar avaliando o desempenho e impactos da solução ao longo desse procedimento e além, buscando o aprimoramento constante para ter resultados cada vez maiores. 

Mas, com tudo isso, como a gamificação entra nessa história? 

Todas essas etapas, do início ao fim, podem ganhar mais adesão do público-alvo ao se aplicar uma dinâmica gamificada, especialmente devido à grande capacidade de motivação e engajamento que essa metodologia desperta nas pessoas. Além disso, a gamificação, por si mesma, pode estimular o senso de criação, tentativa e erro, e de progresso nos participantes. Ela adota um estilo lúdico e de lógica de jogos, onde o participante pode falhar — em um cenário controlado e seguro — até que ele alcance o objetivo final.

Existem várias maneiras de incorporar esse método ao design thinking: os funcionários podem criar personagens para cada perfil de cliente que o produto/serviço impactará, materializando as personas e entendendo melhor as diferenças de cada uma. Outra forma é permitir que estudantes ganhem pontos a cada elemento positivo do projeto que desenvolveram usando essa abordagem, por exemplo.
Há muitas vantagens em aliar design thinking e gamificação em uma companhia — basta usar a criatividade nas duas estratégias e várias soluções podem ser desenvolvidas.

Implementar a gamificação na educação pode gerar diversos benefícios nos processos de aprendizagem das instituições de ensino, principalmente com a ajuda das Edtechs — empresas especializadas no uso da tecnologia nesse contexto. Assim, é possível aproveitar todas as vantagens da gamificação:

Existem diversas formas de explorar a gamificação na educação. É possível adotar esse método inovador tanto em sua versão analógica como usando plataformas gamificadas. 

Muitas instituições investem em dinâmicas com missões ou desafios, incluindo pontuações e até mesmo recompensas — sejam virtuais ou tangíveis —, para estimular os estudantes a alcançar os objetivos propostos nas atividades. Esses benefícios incentivam o progresso e esforço dos alunos, aumentando assim sua motivação nas aulas. 

Algumas escolas e profissionais da educação também apostam em recursos sofisticados como storytelling para tornar a experiência mais imersiva, aprofundando-se nos temas da disciplina abordada. Desta forma, os estudantes têm uma relação mais próxima com a informação aprendida e podem reforçar seus conhecimentos.

No entanto, a melhor forma de implantar a gamificação no ensino-aprendizagem é contar com a ajuda de uma empresa especializada. Ela analisará os objetivos da atividade e o perfil do público-alvo para montar uma dinâmica verdadeiramente engajadora e efetiva.

Enquanto o parceiro desenvolve a plataforma usando sua tecnologia e expertise, a instituição de ensino e professor focam suas habilidades nos relacionamentos com os estudantes e em outras metodologias adotadas.

Ao trazer essa inovação no processo de aprendizagem empresarial, o colaborador deixa de encarar o treinamento corporativo como uma obrigação e passa a ser um agente ativo, buscando conhecimento e relacionando-se com seus colegas de forma saudavelmente competitiva e, ao mesmo tempo, colaborativa. Nesse sentido, vale a pena analisar a possibilidade de oferecer recompensas para os fornecedores que completarem todo o jogo, o que vai gerar mais ânimo e motivação para continuá-los.

No entanto, para ter resultados concretos, além de realizar um bom planejamento e materializar o projeto, também é preciso testá-lo e avaliar se seu uso está atendendo às necessidades da empresa.

Além do mais, lembre-se de que o indicado é que cada empresa desenvolva um projeto personalizado, que seja compatível com a realidade do negócio e, claro, com toda a equipe. Agora ficou fácil de entender o que é gamificação, não é mesmo?Então, se você quer aprimorar o conhecimento sobre assunto, consulte o nosso infográfico 5 passos para gamificar sua empresa e aproveite para saber, também, como fazer um teste na nossa plataforma de gamificação grátis. Nele, você encontrará dicas essenciais para começar a implementar essa inovação na sua organização, criando um projeto que cumpra seu objetivo e traga uma boa experiência para seus colaboradores.