Ao poucos as evoluções tecnológicas estão ganhando espaço nas empresas brasileiras. Inovações como big data, gamificação e inteligência artificial estão se tornando diferenciais nos processos internos das organizações e transformando sua gestão. Entre essas estratégias, uma que tem bastante a oferecer ao mercado nacional é o People Analytics.
Descubra nesse artigo como está a adesão do People Analytics no Brasil e saiba porque investir nessa inovação.
O que é o People Analytics e qual sua importância?
People analytics significa
colher, organizar e analisar os dados da gestão de pessoas da empresa de forma estratégica. Todas essas informações serão usadas mais tarde para ajudar na tomada de decisões a fim de melhorar o desempenho da equipe, consequentemente aumentando o valor da organização.
Desta forma, o people analytics pode ser um grande diferencial competitivo, auxiliando o RH a identificar falhas e lacunas em seus processos e a visualizar oportunidades de melhoria interna.
Essa estratégia possui 4 etapas: coleta de dados; análise da coleta, cruzamento das informações e averiguação da causa e efeito das variáveis. Assim, além de criar um grande banco de dados da performance do público interno, se tem hipóteses sobre o que está por trás desses números.
Mas que informações seriam reunidas nessa base? Tudo a respeito do desempenho dos colaboradores: avaliações e feedbacks; alcance das metas; crescimento interno; postura nos meios de comunicação relacionados à empresa - além de outras situações que possam ser metrificadas e que são importantes para a organização. Com esses dados, é possível identificar quem são os trabalhadores que mais se destacam e aqueles que precisam de uma força para se
desenvolver profissional e pessoalmente.
Esses dados vão ajudar o RH a verificar situações como desmotivação,
falta de engajamento, queda na produtividade, insatisfação dos clientes e alta rotatividade na equipe. Diagnosticar esses problemas é sempre o primeiro passo para resolvê-los. E implementar o people analytics na empresa pode ser o início dessa jornada.
Apesar de todas essas vantagens, existe muito a ser explorado com essa inovação. Em um podcast de 2017, a consultoria mundial PwC divulgou o resultado de uma pesquisa com 183 empresas a respeito do uso do people analytics em seu contexto. Somente uma minoria (18%) afirma que sua alta administração está adotando os dados para a tomada de decisão.
Porém, essas organizações afirmam que a utilização da ferramenta vem trazendo benefícios como uma maior eficiência na tomada de decisões,
posicionamento estratégico do RH e a melhoria na qualidade dos processos de gestão de pessoas.
Outra pesquisa relevante na área é a
Tendências Globais de Capital Humano 2018 da consultoria Deloitte, feita com mais de 11 mil líderes de RH e gestores. O relatório revela que o people analytics é considerada uma tendência muito importante de ser seguida (ficando em segundo lugar entre os citados, com 85% de respostas). Entretanto, 45% das organizações ainda não se sentem prontas a implementar essa estratégia em sua realidade.
Os dois estudos mostram que, apesar do people analytics ser visto como uma ferramenta muito relevante no cenário atual, ainda há muito a se explorar no mercado para aproveitar seus benefícios. Mas, esse é o cenário global: como anda nosso país nessa questão?
People Analytics no Brasil
Em geral, essa inovação vem crescendo no país. Uma publicação anterior da Deloitte,
Tendências Globais de Capital Humano 2016: A Nova Organização – conceitualmente diferente, que entrevistou mais de 7 mil líderes de RH no mundo e 378 executivos no Brasil, mostrou que não estamos para trás: o grau de importância do people analytics era o mesmo em comparação ao resultado geral (75%).
Já a pesquisa de 2018 mostra diferenças entre a percepção global e a da nossa realidade. O estudo ainda não divulgou a separação por específica por países, sim por regiões, mas o Brasil é o segundo com mais respondentes da América Latina, perdendo apenas para o México, com 70 participantes a menos. Porém, o que nos interessa é: o relatório mostra que 88.2% dos respondentes desse grupo considera o people analytics algo importante para as empresas, contra 85% do resultado geral.
Ou seja, não há somente um aumento significativo da noção de importância do people analytics no Brasil nesses dois anos, como também na região em comparação ao resto do mundo. Mas achar que algo é importante é diferente de fazê-lo se tornar realidade.
Em um artigo, a gerente de People & Organization da PwC Brasil, Rachel Malva, expõe alguns resultados da pesquisa
Práticas de People Analytics nas Organizações Brasileiras, conduzida pela empresa, em parceria com a FGV em 2016. O estudo mostra que apenas 10% das instituições do país estão no último grau de maturidade em adotar essa estratégia, seguindo os parâmetros definidos no estudo, e somente em 17% deles a alta administração usa esses dados na tomada de decisões estratégicas e planejamento do futuro. Na maioria dos casos (58%) o PA é pouco utilizado ou sua ação fica restrita ao RH.
Isso mostra um grande desperdício de potencial dessa estratégia. O people analytics é uma ferramenta que pode aprimorar a gestão de pessoas, como também tornar diversas decisões mais assertivas para a organização.
Um dos motivos apontados pela gerente para essa lacuna está a falta de preparo das lideranças para usar esses dados. De fato, algumas empresas brasileiras sentem dificuldades em
como implementar o people analytics em sua realidade. Uma das formas de contornar esse problema é investir em capacitação dos seus funcionários do RH e gestão - ensinando-os a entender essa ferramenta e seu potencial.
Assim sua empresa estará abraçando as oportunidades que as inovações tecnológicas oferecem e ganhando um diferencial competitivo, melhorando o desempenho e qualidade do trabalho dos colaboradores.
Nesse sentido, é importante considerar que a tecnologia estará presente cada vez mais nas organizações e não se adaptar às inovações significa ficar para trás. Por isso, invista também em outras estratégias para fortalecer sua gestão de pessoas, como implementar a inteligência artificial em algumas operações e adotar a
gamificação em diversos processos.
A
gamificação é uma metodologia que alia elementos lúdicos com a realização de ações concretas, transformando diversos processos em experiências engajadoras. Esse método vem sendo adotado nas empresas em atividade como treinamento corporativo, recrutamento, onboarding de novos funcionários, comunicação interna e até mesmo nas tarefas cotidianas.
Além disso, as plataformas gamificadas oferecem relatórios detalhados da performance dos colaboradores nas atividades, dando ainda mais dados confiáveis a seu people analytics para melhorar a gestão de pessoas.
Quer saber mais sobre essa inovação?
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