Como transformar a empresa através do pipeline de liderança?

O método pipeline de liderança consiste em 6 etapas fundamentais para o desenvolvimento da habilidade 

Pipeline de liderança é um modelo criado para desenvolver líderes de alta performance e contempla desde o primeiro cargo de gestão até a posição de CEO. Essa metodologia considera que ser empreendedor é uma habilidade que pode ser desenvolvida, e não que nasce com o ser humano.

Liderança é uma das habilidades mais requisitadas pelas empresas atuais, quando estão em busca de novos talentos para a sua organização, ou mesmo quando estão avaliando os perfis de colaboradores que já integram a equipe.

Isso porque esse cargo é responsável por gerir equipes e conduzir projetos, práticas essas que são chaves no desenvolvimento efetivo da gestão de pessoas.

A ideia de encontrar possíveis líderes não está relacionada ao conceito antigo de que a liderança é um dom natural, mas de que existem pessoas que já desenvolveram certas competências e habilidades que são requeridas nesse papel.

Apesar disso, sempre há aspectos que podem ser desenvolvidos ou melhorados que tornarão o indivíduo ainda mais competente para o cargo. Dentre os modelos que propõem preparar o profissional, há o pipeline de liderança. Quer saber mais?

Pipeline de liderança é uma metodologia desenvolvida pelo consultor de negócios Ram Charan. Ela foi apresentada e passou a ser bastante difundida quando o livro “Pipeline de Liderança: O Desenvolvimento de Líderes como Diferencial Competitivo” foi publicado no ano de 2010, por Charan e outros autores.

A visão compartilhada na obra é até hoje vista como inovadora e utilizada como norte para encontrar e desenvolver profissionais líderes no ambiente empresarial. Na perspectiva do pipeline, o RH precisa dar atenção à complexidade e aos diferentes fatores que afetam cada colaborador.

É desse pensamento que vem o nome “pipeline”, que, em português, quer dizer “sistema de tubulação com várias ramificações”. O que Charan indica na sua teoria é que adotar o uso de transformações e transições comuns no âmbito empresarial é uma ação que pode moldar novos líderes.

A ideia do pipeline de liderança é implementada com as 6 etapas compartilhadas por Ram Charan e os demais consultores que desenvolveram o livro que difundiu a ideia para o mundo.

Antes de qualquer coisa, todo profissional é um gestor de si mesmo. No início da sua inserção no ambiente empresarial, o colaborador destina seu tempo para a realização de atividades que são delegadas por outros profissionais. 

Seu papel nesse momento profissional é asseverar sua própria eficiência e produtividade, pois ao fazer isso com êxito, ele ficará em posição de destaque e chamará atenção do seu gestor.

A tendência é que esse colaborador receba novas responsabilidades. Esse momento é considerado a primeira etapa de transição no pipeline de liderança. Pois diferente de antes, quando só cumpria as atividades que eram solicitadas, ele passa a delegar afazeres.

É nesse estágio também que surge o primeiro desafio, quando o profissional precisa entender que de executor agora ele é gestor. Alguns podem sentir certa dificuldade de delegar, mas se esse desafio for vencido, então o colaborador vai para a segunda fase do pipeline.

A segunda etapa do pipeline de liderança é destinada para a construção da base necessária para todo cargo de gestão. Pois a empresa precisa garantir que o profissional se desvincule totalmente da sua função anterior, focando agora no seu papel como gestor.

É aqui, portanto, que o profissional deve aperfeiçoar seu olhar, para que ele seja ainda mais estratégico e, inclusive, para que esteja atento a outros líderes em potenciais que possam surgir, os diferenciando dos funcionários que apenas executam suas tarefas. 

O chamado líder de segunda linha também precisa compreender os valores da instituição, além das regras e todos os demais aspectos que influenciam na cultura organizacional.

A próxima etapa de transição acontece quando o colaborador deixa de fazer a gestão de pessoas para realizar a gestão de uma função da empresa, que muitas vezes contempla toda uma área do negócio. Por exemplo, ser gerente de vendas, marketing, RH e por aí vai.

O profissional que chega a este nível, precisa dispor das habilidades desenvolvidas nos momentos anteriores a esta etapa do pipeline e, ainda, se aprofundar sobre a área de atuação em questão. Fora isso, ele também deve aperfeiçoar a capacidade de analisar cenários e de tomar decisões estratégias que venham beneficiar o negócio.

Esta etapa, ainda, está relacionada ao desenvolvimento de habilidades de comunicação, porque para exercer com êxito sua função, o profissional precisa dispor de relacionamento com os demais setores da empresa.

A etapa 4 do pipeline de liderança se inicia quando o gestor deixa seu cargo de coordenador de uma área para administrar o negócio de forma geral. É um estágio buscado por muitos, porém que exige muito do profissional.

O desafio se dá justamente por conta das diversas mudanças que acontecem nessa etapa. A partir desse momento, o profissional precisa deixar de fazer algumas atividades para se concentrar nas métricas do negócio.

O gestor fica responsável por analisar como está a participação da empresa no mercado, quais os lucros obtidos nos últimos anos, onde ela quer estar em um futuro próximo e mais.

Ao ser bem-sucedido na etapa anterior, o profissional é instigado a ir para a quinta transição do pipeline, que é destinado ao gerenciamento de um grupo de empresas. Essa prática é ainda mais desafiadora que as anteriores porque multiplica as responsabilidades do gestor.

Nessa fase, o profissional precisa se preocupar com atitudes que possam potencializar a lucratividade da empresa, mas, respeitando a autoridade dos gestores menores.

Sexta e última etapa do pipeline de liderança, essa coloca o profissional no posto mais almejado no ambiente corporativo: o de CEO. Para se chegar aqui, o líder não deve somente dispor de habilidades, competências e aptidões certas, mas ter valor, ética e caráter.

Mais do que em qualquer outra fase, nesta o profissional precisa ser proativo e ter um olhar estratégico, considerando fatores externos, como economia, tecnologia, política, que são aspectos que podem influenciar no mercado. Para somar a essas competências, ele deve se tornar visionário.

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