Muitas revoluções estão acontecendo nas últimas décadas. Áreas como segurança, saúde e até mesmo a educação foram impactadas com inovações de todos os tipos. Neste sentido, novos modelos de aprendizagem foram concebidos para tornar o ensino mais eficiente, mesmo em tempos de tanta distração e desmotivação.
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Descubra novos modelos de aprendizagem que já estão sendo implementados nos processos educacionais para torná-los mais engajadores e eficazes.
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O modelo de educação tradicional
Há muito tempo que o modelo de aprendizagem se baseia no mesmo estilo: aulas expositivas em que o estudante passivamente entra em contato com o conteúdo e fica horas ouvindo e anotando o que o professor/instrutor indica. Apesar de ter sido adotada por gerações, esta estrutura já não serve mais às demandas do mundo moderno.
Diversos estudos demonstram que a capacidade de concentração das pessoas está diminuindo a cada ano - o que pode prejudicar a realização de tarefas mais previsíveis como estudar no modelo tradicional, por exemplo. Mesmo o mercado está demandando qualidades diferentes das buscadas nas outras gerações, exigindo maior autonomia, habilidades múltiplas e
proatividade dos colaboradores, algo que não é tão trabalhado nos métodos mais passivos de aprendizagem.
O que isso significa? Que o modelo tradicional não está mais conseguindo transmitir o conhecimento aos estudantes e que não está mais os preparando adequadamente em suas habilidades subjetivas para o mercado de trabalho. Essa lacuna acaba prejudicando assim tanto a educação como o trabalho.
Pensando nesses problemas - na desmotivação dos estudantes e na falta de desenvolvimento de aptidões exigidas atualmente - diversos novos modelos de aprendizagem foram desenvolvidos.
Enquanto algumas metodologias já estão cada vez mais ganhando espaço na educação, como
a sala de aula invertida, existem modelos de aprendizagem menos conhecidos, mas bastante eficientes, que podem ser adotados por instituições de ensino ou empresas - considerando o centro de cada ideia e adaptando-a a sua realidade.
Confira alguns modelos de aprendizagem inovadores e modernize o seu ensino:
Escola Democrática
Este é um estilo bastante diferente do tradicional. Nele os estudantes e outro públicos - como funcionários, pais, etc - participam ativamente das decisões internas, definindo desde o conteúdo das aulas até o orçamento das atividades. Assim, em vez de um modelo mais passivo, os educandos se tornam protagonistas da sua aprendizagem, escolhendo o que é interessante e fundamental em todo o processo. Isso ajuda na motivação e proatividade dos participantes, tornando a experiência de aprendizado mais desafiadora, amigável e eficiente.
No evento Educação 360 de 2017, realizado pelos jornais Extra e O Globo, o educador israelense Yaacov Hecht (criador da primeira instituição deste estilo, em 1987) explicou que existem quatro pilares da educação democrática: aprendizado personalizado; formação de microcosmos da sociedade democrática; programa de mentoria em que cada aluno escolhe um professor para ajudá-lo e conteúdos baseados nos direitos humanos.
Usando estes quatro pilares e dando liberdade aos educandos, é possível chegar a resultados inimagináveis em comparação a metodologia tradicional de ensino.
Riverside School e Design for Change
Também com uma proposta que encara o educando - principalmente crianças -
em uma posição mais ativa, este estilo foi criado pela designer indiana Kiran Bir Sethi após uma experiência pessoal: em 1999 seu filho de seis anos chegou em casa com a sensação de fracasso por ter tirado um zero em um trabalho ao redigi-lo a partir de suas percepções, não baseado-se estritamente ao que estava no livro didático.
Esta metodologia se baseia em quatro pontos: Sinta; Imagine; Faça e Compartilhe (FIDS, em inglês) - em que o estudante deve se colocar no lugar dos outros e identificar as situações ao seu redor, observar e investigar as questões a sua volta para encontrar soluções, por suas considerações em prática e, se bem sucedido, divulgar esta experiência.
Desta forma, este modelo passa pela experiência do mundo real e a transformação comunitária. O conceito pode ser aplicado de diversas formas, basta adaptá-lo à realidade da organização.
School in the Cloud
Este modelo também foi desenvolvido por um indiano. O professor Sugata Mitra resolveu fazer um experimento após questionar a efetividade do modelo de aprendizagem tradicional. Ele instalou alguns computadores em comunidades pobres de Nova Deli para ver o que crianças que nunca haviam tido contato com essa tecnologia iriam fazer.
O resultado do experimento? Não só as crianças aprenderam a mexer no computador por conta própria como ensinavam umas a outras a lidar com a tecnologia. Após anos desenvolvendo a metodologia, o professor criou o SITC: em que o instrutor é apenas um monitor que estimula a motivação e a busca pelo o conhecimento, enquanto os estudantes aprendem de forma autônoma e fixam o aprendizado por meio de debates e discussões entre si.
Desta forma o processo educacional se torna mais engajador e eficiente. Em um dos experimentos, Mitra conseguiu um resultado de 76% de respostas certas do grupo pesquisado. Dois meses depois, a taxa de acertos continuava a mesma, ou seja, o conhecimento adquirido havia sido assimilado com sucesso.
Assim, o SITC mostrou como uma aprendizagem ativa utilizando ferramentas tecnológicas poderia ser bastante eficiente. Mas isso não acontece somente neste caso.
Tecnologia e Novos Modelos de Aprendizagem
Os avanços tecnológicos não só ajudaram a mudar o perfil dos estudantes como também abriram um leque de possibilidades a serem trabalhados na educação. Permitindo com que os educandos acessem um universo de informações e estímulos diferentes, a tecnologia - se usada corretamente - se tornou uma aliada, motivando o desenvolvimento de novas metodologias.
Estratégias como o e-learning e mobile learning começaram a se tornar presentes nas instituições de ensino e empresas, combinando as ferramentas ao ensino e tornando-o mais conectado a realidade dos participantes.
Quer saber de mais inovações tecnológicas que podem melhorar o aprendizado na sua instituição de ensino ou empresa?
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