A economia criativa é um segmento de mercado que vem ganhando relevância nos últimos anos, abarcando uma ampla gama de empresas — de artes à tecnologia. Por isso, elas costumam ter uma lógica e ciclo de produção diferenciado das companhias mais tradicionais.
O que você vai ver neste artigo:
Entretanto, mesmo que sua empresa não seja do ramo, ela tem muito a ganhar com o fortalecimento da economia criativa: descubra o que é e como esse setor pode ajudar os seus negócios!
O que é a Economia Criativa? Qual seu impacto no mercado?
A criatividade é um elemento fundamental para o sucesso de um negócio, seja como competência especial de seus colaboradores ou para, de forma geral, se reinventar no mercado. Mas, algumas organizações têm uma ligação mais próxima com essa qualidade, incluindo-a em seus DNAs — como as empresas da chamada economia criativa.
Esse termo vem ganhando relevância nos últimos anos, ainda mais com o aumento dos investimentos financeiros na área, a profissionalização dos trabalhadores e o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao setor.
Segundo dados do Observatório Itaú cultural, coletados em 2021, a economia criativa tem mais de 6 milhões e 800 mil trabalhadores no país. Já o estudo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil — Edição 2019”, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostra que o PIB desse segmento é de 2,61%, representando a quantia de R$ 171,5 bilhões.
Esses números mostram que essa não é uma indústria que pode ser ignorada. Pelo contrário, é um segmento que vem empregando e movimentando a economia nacional, desdobrando-se em várias atividades e nichos de mercado. Mesmo assim, muitos ainda desconhecem as possibilidades desse setor — até porque o termo em si é relativamente recente, citado em 2001 no livro The Creative Economy: How People Make Money from Ideas, do especialista britânico John Howkins.
Por isso, é importante definir com clareza o que é a economia criativa. Em resumo, é o segmento dos negócios que envolvem criatividade, cultura e capital intelectual em suas atividades. Essa área oferece serviços e bens, até intangíveis, que fazem toda a diferença na vida das pessoas — mesmo que elas não percebam.
São considerados segmentos da economia criativa, segundo o Observatório Itaú Cultural, empresas que atuam com:
- Arquitetura;
- Artes Cênicas;
- Artes Visuais;
- Atividades Artesanais;
- Cinema;
- Música;
- Fotografia;
- Rádio;
- TV;
- Design;
- Editorial;
- Moda;
- Publicidade e Serviços Empresariais;
- Tecnologia da Informação.
Além disso, geralmente também se considera como parte da economia criativa áreas como acervo histórico e museus, gastronomia, paisagismo, desenvolvimento de softwares e jogos.
Sendo assim, esse segmento representa uma gama de produtos e serviços diversos, e que podem se mesclar com a atuação de negócios mais tradicionais. Quantas empresas não precisam contratar soluções de publicidade (incluindo ações audiovisuais, de fotografia e editoriais) para fortalecer seu marketing ou então de tecnologia para dar um up em processos e atividades?
Por conta da sua natureza, empresas dessa área costumam atuar com uma lógica distinta daquela praticada por negócios mais tradicionais. Afinal, produzir um livro, música ou obra de arte é diferente de fabricar peças, produtos alimentícios ou mesmo criar um treinamento ou curso. Assim como o processo de vender um plano de telefonia ou seguros não é o mesmo de uma criação ou evento artístico.
Mas, como visto, isso não significa que esses negócios não têm um grande impacto no mercado. Pelo contrário, suas especificidades podem, inclusive, contribuir com ideias, inovações e outros benefícios até mesmo para empresas mais tradicionais.
Como a Economia Criativa pode ajudar seu Negócio?
Existem muitas formas do relacionamento entre a economia criativa e outros segmentos empresariais se beneficiarem mutuamente, independentemente da natureza ou porte dos envolvidos.
Uma empresa pode analisar o mercado e encontrar uma oportunidade de negócios nesse meio da indústria criativa, desenvolvendo produtos e serviços para as organizações do ramo. Assim como outras instituições, elas precisam de soluções que atendam suas necessidades e realidades — e muitas vezes não encontram ou têm dificuldade de acesso a elas. Dessa forma, atua-se como um B2B (business to business), só que com ofertas específicas para um nicho de mercado.
Outra ideia é da empresa descobrir um jeito de aliar suas atuais atividades com esse ramo e fazer parte do setor de criatividade. Isso, claro, feito após um bom planejamento estratégico e plano de negócios.
Também há outra possibilidade: uma parceria entre o negócio e outro do segmento criativo. Eles podem oferecer soluções, inclusive empresariais e tecnológicas — como a gamificação —, ajustadas para as necessidades e realidade da companhia contratante, contribuindo assim para seu melhor desempenho.
A parceria entre as duas pode ter várias configurações, inclusive sendo firmada por meio de Leis de Incentivo. Esse mecanismo (federal, estadual ou municipal) permite com que uma empresa destine uma parte de seu Imposto de Renda para organizações culturais e sociais, recebendo marketing, divulgação e até ações especiais internas como contrapartida de seu repasse.
Atividades como essas podem ser até realizadas em um contrato direto da empresa com uma organização criativa. Já imaginou essa situação: aproveitar especialistas — em teatro, literatura, artes visuais, música e audiovisual, entre outros — para realizarem ações diferenciadas com seus colaboradores, incentivando-os a exercitar competências sociais como criatividade, inovação e empatia. Não seria uma experiência inovadora e com potencial para aprimorar a gestão de pessoas?
Além disso, ações como estas ainda ajudam a estimular a motivação e engajamento dos funcionários com a empresa, e também podem ser aplicadas a outros públicos para encantá-los, como fornecedores, outros parceiros e clientes.
Diversas atividades são possíveis em uma parceria entre a economia criativa e outros segmentos — basta criatividade e abertura para explorar o melhor de todos os envolvidos.
Afinal, não é à toa que atualmente a criatividade e inovação são duas qualidades bastante valorizadas por empresas de todos os segmentos. Muitas organizações encontraram seu espaço no mercado devido essas competências, contando com funcionários inovadores que descobriram oportunidades em diversas questões ligadas aos negócios.
Mas, habilidades como estas não surgem do nada: precisam ser incentivadas e trabalhadas dentro das organizações para serem desenvolvidas nos funcionários e gerarem valor para a companhia. E, por que não aproveitar para explorar essas características também nas ações educativas?
Fuja do comum, crie um treinamento inovador para sua equipe e fortaleça a gestão de pessoas da empresa!